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sábado, 9 de janeiro de 2016

Os mercados de ações completam o seu pior início de ano devido acidente chinês


Por Marco Antonio Moreno



Os mercados de ações completaram ontem um dos piores início de ano da história bursátil com perdas generalizadas. Os índices norte-americanos acumularam uma perda semanal de pelo menos 6% em seus principais indicadores. O Dow Jones caiu 6,2%, o seletivo S&P500 5,96% e o índice composto do Nasdaq 7,3%. Com esses declínios o Dow Jones perdeu a marca de 17.000 pontos, o S&P500 de 2.000 inteiros e o Nasdaq de 5.000 unidades, três níveis, com que tinha fechado Wall Street em 2015. A primeira semana do ano foi a pior desde 2011, e é um dos piores início do ano que os mercados de ações têm sido dilacerados pelo estouro da bolha chinesa que tornou-se insustentável.

As turbulências originadas no gigante asiático e a progressiva queda nos preços do petróleo e matérias-primas estão por trás desses declínios: Os temores de incubação de uma nova crise financeira que eclodiu em 2008 estão latentes e, embora a jornada desta sexta-feira tenha se apresentado positiva no início, pouco a pouco foram caindo as expectativas e nas últimas horas se renderam ao pessimismo generalizado pela deterioração da economia global. Indicadores europeus também sofreram declínios: Bolsa de Frankfurt terminou com uma queda de -1,31%; a Paris com -1,59%, -0,70% o em Londres e Madrid em -1,66%, elevando o Ibex 35 perdeu a marca de 9.000 pontos. 

Na semana, o DAX 30 de Frankfurt foi o indicador que obteve o pior resultado desde 2011, com uma queda de -8,32%, seguido do IBEX 35 que acumulou uma queda de -6,65% e o CAC francês com uma queda de -6,54 %. Foi a pior semana dos últimos 12 meses, como foi apontando para este ano do macaco. Os não eram esperadas perdas nos mercados asiáticos. O Shanghai Composite perdeu 10% na primeira semana do ano, enquanto em Hong Kong a perda foi de -6,7%.


A China enfrenta uma crise financeira iminente e é isso que gerou todo o medo no mercado. Até agora, a situação se manteve moderada porque a China era o último bastião do crescimento e pra lá foram dirigidos muitos investimentos que facilitaram os bancos centrais do Ocidente com as suas taxas de juros de zero por cento. No final desta estrada descobriu-se que não haverá o crescimento esperado as perdas são inevitáveis. O panorama para 2016 é  complexo e não há possibilidade de um rápido reequilíbrio do poder por enormes desequilíbrios criados no período de inchaço de bolhas especulativas. Estes desequilíbrios têm afundado a produtividade e esta hoje está com os motores desligados. A expansão econômica que geram as bolhas especulativas cedo ou tarde implodem e quando não há um crescimento real que a sustente se desencadeia um tipo de reação em cadeia tipo efeito dominó. A queda do gigante asiático será o grande tumor da economia neste 2016 que está apenas começando.

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