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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

90% de mortes em desastres ocorrem em países de rendas baixa e média

Novo relatório sobre mortalidade em catástrofes analisa dados sobre mais de 7 mil eventos com a morte de cerca de 1,3 milhão; esta quinta-feira é Dia Internacional para Redução de Riscos de Desastre.
Vista aérea de região do Haiti afetada pela passagem do furacão Matthew. Foto: Minustah/Logan Abassi
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
Uma análise de dados de mais de 7 mil desastres ocorridos nos últimos 20 anos e que causaram a morte de cerca de 1,3 milhão de pessoas mostra que 90% dessas mortes foram em países de rendas média e baixa.
Em geral, terremotos e tsunamis são os que causam mais vítimas fatais, seguidos de perto de desastres relacionados ao clima.
Relatório
O relatório "pobreza e morte: mortalidade em desastres 1996-2015" foi publicado no Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres, assinalado nesta quinta-feira, 13 de outubro.
O documento foi lançado em apoio a uma campanha para reduzir a mortalidade global destas catástrofes especialmente em comunidades pobres.
Haiti
O desastre mais mortal dos últimos 20 anos foi o terremoto de janeiro de 2010 no Haiti, que matou mais de 220 mil pessoas. Em segundo lugar, o terremoto e tsunami na Indonésia, em dezembro de 2004, que causou mais de 165 mil mortos.
O ciclone tropical Nargis, que atingiu o Mianmar em maio de 2008, foi a terceira catástrofe natural com mais mortos nos últimos 20 anos: mais de 138 mil.
Desigualdade
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, descreveu o relatório como uma "acusação grave à desigualdade".
Segundo o chefe da ONU, países de renda alta sofrem grandes perdas econômicas em desastres, mas pessoas em países de renda baixa pagam com suas vidas.
Neste dia internacional, Ban pediu a todos os governos que cooperem com a sociedade civil e o setor privado para mudar do gerenciamento de desastres ao gerenciamento de risco.
Ele defendeu a mudança de "cultura de reação para uma de prevenção" e  a construção de resiliência para reduzir a perda de vidas.
Segundo o Escritório da ONU para a Redução do Risco de Desastres, o número de mortes em catástrofes naturais é diretamente relacionado aos níveis de renda e desenvolvimento. No número total de mortos nesses eventos nos últimos 20 anos, países de rendas média e baixa registraram mais de 1,2 milhão.
Mudança Climática:
Apenas três semanas antes do início da conferência climática COP 22, em Marraquesh, a análise destaca que o número de desastres relacionados ao tempo e ao clima mais do que dobrou nos último 40 anos: de 3.017 entre 1976 e 1995 para 6.391 entre 1996 e 2015.
Segundo o representante especial do secretário-geral da ONU para a Redução do Risco de Desastres, afirmou que a "grande maioria das mortes relacionados ao clima ocorrem em países de rendas baixa e média que menos contribuem com emissão de gases de efeito estufa".

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