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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Unctad: robôs ameaçam empregos, mas podem trazer oportunidades

Em publicação sobre as máquinas e a industrialização de países em desenvolvimento, agência da ONU aposta que a China deve ultrapassar o Japão como o maior operador mundial de robôs.
Foto: Unctad
Monica Grayley, da Rádio ONU.
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad, afirma que o aumento no número de robôs está ameaçando milhões de empregos nos países em desenvolvimento.
Mas para a agência da ONU, isto também pode significar oportunidades no mercado de trabalho.
Vantagem
Numa publicação, divulgada nesta terça-feira, a Unctad revela que os robôs facilitam a chamada "recolocação" de indústrias nos países industrializados. As máquinas de produção também minam a tradicional vantagem dos baixos salários, presente em países pobres, de acordo com os especialistas.
Mas segundo o estudo "Robôs e industrialização em países em desenvolvimento", este retorno às nações avançadas está ocorrendo de forma lenta e limitada a alguns setores.
A Unctad recomenda que os países abracem a revolução digital para construir mercados locais e regionais preparados para evitar este deslocamento de empresas.
Estimativa
O aumento do uso de robôs em países desenvolvidos pode levar à eliminação da chamada vantagem dos custos de mão-de-obra.
Uma pesquisa do Banco Mundial revela que o número de postos de trabalho que podem ser afetados pelos robôs é mais alto nos países pobres que em avançados, onde muitos destes empregos já desapareceram. A estimativa é que a taxa seja de dois terços de todos os postos.
Apesar de muitas indústrias já terem saído de alguns países, os efeitos para a economia não foram tão traumáticos, aposta o Banco Mundial.
Já os economistas da Unctad acreditam que o ritmo lento da realocação das empresas para os países ricos pode ser explicado por baixos investimentos e um desaquecimento da demanda da economia global.
México e nações asiáticas
A publicação ressalta que os robôs industriais foram utilizados primeiro nos setores automotivo, elétrico e de eletrônicos.
Em países em desenvolvimento, como o México e nações asiáticas, as empresas envolvidas em atividades de exportação são as mais expostas à realocação.
Para a Unctad, os países em desenvolvimento têm que evitar o aumento de desigualdade causado pela perda de empregos menos qualificados. Uma das sugestões é cobrar impostos sobre a atividades com robôs industriais.
China e Japão
A agência da ONU recomenda que os países utilizem a revolução digital e os robôs para criar novas oportunidades no mercado.
Um exemplo é a combinação da impressão tri-dimensional e o uso de robôs, uma atividade facilmente executada por pequenas empresas e que pode levar a manufatura em grande escala.
No caso da China, desde 2013, o país está comprando mais robôs industriais do que qualquer outra nação. A expectativa é que até o fim deste ano, a China ultrapasse o Japão como o maior operador deste tipo de máquina no mundo.

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