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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Quinta-feira de luta no "Monumento de injustiça social"

A quinta-feira (13) foi marcada pelas maiores manifestações desde as Diretas Já na Década de 1980 no Brasil, sendo com um diferencial, a capacidade de articulação atinge todo o país. Ontem várias Capitaius e outras cidades saíram às ruas.  A vitória conquistada em Porto Alegre, Natal e Goiânia, cujos protestos conseguiram barrar o reajuste, parece ter dado fôlego às manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, e várias outras cidades país afora.


Em São Paulo o protesto reuniu cerca de 10 mil pessoas. A Polícia Militar reprimiu de forma gratuita e violenta a manifestação pacífica contra o aumento das passagens. Foi o quarto grande ato contra o reajuste das tarifas na capital, após três manifestações também reprimidas. A repressão ocorreu após declarações do governador Geraldo Alckmin (PSDB), apoiado pelo prefeito Fernando Haddad (PT), pedindo medidas mais “duras” contra os protestos.

Foto: Estadão
A grande imprensa, por sua vez, faz coro à repressão e se esforça em criminalizar o movimento. Vândalos, baderneiros, arruaceiros e outros adjetivos do tipo tornaram-se comuns em veículos que se apregoam imparciais. No entanto, quanto maior os ataques e a repressão, mais forte ficam os protestos.  Mais do que o preço abusivo da tarifa, ao que parece essas mobilizações canalizam um descontentamento ainda mais amplo, que vai das condições precárias do transporte público a uma indignação em relação às injustiças sociais e até à perspectiva de vida da juventude.

 

Hora de enfrentar as Injustiças Sociais:

No Brasil as Mudanças sempre ocorreram de cima para Baixo, transições conservadores, assim que inventaram República, Democracia, até mesmo as maiores manifestações públicas da História do País, as Diretas Já, não obteve o êxito de conseguir eleições diretas para presidente de imediato tendo que haver 5 anos de presidência nas mãos de um coronel, teria sido aquela a hora certa de romper com isso derrubando o Governo Militar e revolucionando os direitos sociais, mas isso não aconteceu, inventaram uma democracia que não pode trabalhar seus conceitos, foi dada de pronto, quem vai às ruas é vândalo, está atrapalhando a tranquilidade pública fantasiada.

Na tarde de ontem em Fortaleza houve uma Marcha pedindo paz, contra o grande problema da violência urbano-social, claro, ir às ruas é sempre um gesto democrático, mas forças conservadores impedem uma ruptura com protestos como esse ou a Marcha contra a Corrupção, pedindo segurança policial  e repressão; tem que se entender que a ruptura precisa ir na raiz do problema, nas desigualdades, não adianta mandar prender os delinquentes, claro que o impacto do roubo e do assassínio tem como primeiro instinto a vingança, mas resolver esse problema requer muito mais do que simplesmente enjaular ou prender mais e mais delinquentes, de onde eles vêm? A violência brasileira é fruto de uma transição de um país rural onde as elites precisavam de toda a força de trabalho, para um país urbano inserido na modernidade consumista onde o roubo e o assassínio são marcas de injustiça social, como disse Hobsbawm o Brasil é "um monumento de injustiça social".

O Cenário Mundial está propício para a internacionalização mais eficaz na História para o enfrentamento do Capitalismo. O Brasil precisa se direcionar e assumir o caráter político dessas manifestações, vamos formar uma grande luta internacionalista em defesa da humanidade.

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