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terça-feira, 22 de outubro de 2013

China: Os escravos da Barbie

Jornadas laborais de 13 horas, salários miseráveis, habitações superlotadas, ausência de cotizações sociais: os brinquedos da empresa californiana Mattel são fabricados por operários explorados, constataram duas ONGs que visitaram fábricas na China. A investigação foi realizada no momento em que se produzem os brinquedos que se venderão na próxima época de natal. Por RFI.
Os brinquedos da empresa californiana Mattel são fabricados por operários brutalmente explorados em fábricas na China
Desde abril a setembro, regista-se o pico da produção das empresas chinesas que fabricam brinquedos que estarão ao pé da árvore de natal, em dezembro. Uma prenda clássica desta ocasião é a mais famosa das bonecas, Barbie, criada pela empresa californiana Mattel, também à frente dos artigos Fisher Price.
Para ver as condições de trabalho em que se elaboram estes produtos, a ONG China Labor Watch (CLW) infiltrou os seus investigadores entre os trabalhadores de seis fábricas durante o período de maior labor, constatando numerosas violações do direito laboral.
Nas conclusões do relatório, publicado pela ONG francesa Povos Solidários-Action Aid France, surge que os empregados trabalham até 13 horas por día por um salário indigno e dormem em casas superlotadas. Outras irregularidades constatadas: os trabalhadores não recebem formação, nem equipamentos de proteção adequados.
"Os fornecedores da Mattel privaram os trabalhadores de milhões de euros ao evitar o pagamento das horas suplementares e das cotizações sociais obrigatórias, além de descontar através de fraudes as horas trabalhadas" apontam as ONGs.
A poupança levada a cabo pela Mattel ao evitar o pagamento de horas extra e cotizações sociais através destas empresas subcontratadas é de entre oito milhões e 11 milhões de euros, segundo a CLW.
"As auditorias encomendadas pela Mattel, desde há mais de 10 anos, puseram em relevo as violações do direito ao trabalho. Sem dúvida, a Mattel tomou poucas medidas corretivas importantes e com o tempo a transparência destas auditorias degradou-se", acrescentam as organizações.
Artigo publicado em: espanol.rfi.fr, tradução de António José André para esquerda.net

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