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domingo, 20 de outubro de 2013

Pela primeira vez, poluição do ar é classificada como cancerígena pela OMS

Novo estudo da Agência Internacional de Investigação sobre Câncer conclui que a poluição do ar é a principal causa ambiental do cancro em humanos. Por Fernanda B. Müller do Instituto CarbonoBrasil
Poluição do ar em Pequim / Global Sherpa
A poluição do ar é a principal causa ambiental do Câncer em humanos, é o que acaba de concluir a Agência Internacional de Investigação sobre Câncer (IARC), um braço da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Após revisões abrangentes das mais recentes literaturas científicas disponíveis, os especialistas da agência concluíram que a exposição à poluição atmosférica causa Câncer do pulmão e que há indícios positivos da ligação com o aumento no risco de Câncer da bexiga. É a primeira vez que a poluição do ar é classificada como cancerígena para os humanos.
O material particulado, um dos principais componentes da poluição atmosférica, foi avaliado separadamente e também classificado como carcinogénico.
Apesar de a composição da poluição e do material particulado e dos níveis de exposição variarem muito, as conclusões do grupo de trabalho aplicam-se a todas as regiões do mundo.
Já se sabe que a poluição aumenta os riscos de diversas doenças, como respiratórias e do coração, e investigações recentes mostram que os níveis de exposição aumentaram muito nos últimos anos, especialmente nos países em rápida industrialização.
Os dados mais recentes mostram que, em 2010, 223 mil mortes por Câncer de pulmão ao redor do mundo resultaram da poluição do ar.
“O ar que respiramos tornou-se poluído, com uma mistura de substâncias que causam Câncer , comentou Kurt Straif, chefe da secção de monografias do IARC.
As principais fontes de poluição do ar são a queima de combustíveis no setor de transportes, a geração de energia estacionária, as emissões industriais e agrícolas, e, nas residências, o aquecimento e o cozimento.
“Classificar a poluição do ar exterior como carcinogénica para humanos é um passo importante”, enfatizou o Dr. Christopher Wild, diretor do IARC.
“Há formas efetivas de reduzir a poluição do ar e, dada a escala de exposição afetando as pessoas ao redor do mundo, este relatório deve enviar um sinal forte para a comunidade internacional agir sem mais atrasos”, completou Wild.
O resumo da avaliação será publicado na quinta-feira (24) no periódico The Lancet Oncology.
Artigo de Fernanda B. Müller do Instituto CarbonoBrasil

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