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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Possibilidades de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior do que a de um branco

Mais uma publicação de um órgão oficial reafirma a existência de racismo institucional no Brasil. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) anunciou nesta quinta-feira (17) que as possibilidades de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior do que a de um branco.

Os dados estão presentes no relatório Segurança Pública e Racismo Institucional, que compõe o Boletim de Análise Político-Institucional do Ipea. Os pesquisadores analisaram o conjunto da população residente nos 226 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.

Ao analisar as mortes violentas, o Ipea destaca que enquanto a taxa de homicídios de negros é de 36,5 por 100 mil habitantes, entre os brancos a relação é de 15,5 por 100 mil habitantes. A cor negra ou parda faz aumentar em cerca de 8 pontos percentuais a probabilidade de um indivíduo ser vítima de homicídio.

A vitimização desproporcional de jovens negros é caracterizada pelos movimentos sociais como uma situação de genocídio. O problema passou a ser denunciado com maior ênfase nos últimos anos, quando cresceu consideravelmente o número de jovens negros mortos por policiais.

Nesta semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB), se comprometeu a colocar em votação o Projeto de Lei que põe fim aos registros de “resistência seguida de morte”.

De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.

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