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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Não dá pra comparar Chaplin com Chaves

Durante a cobertura do da morte de Roberto Bolaños os apresentadores e repórteres chegavam a compará-lo com a obra do Charlie Chaplin, o que pode até ser com relação ao talento artístico, mas não o é, certamente, com relação ao conteúdo, o Chaves era uma piada por si só.

Sempre que morre um "famoso" se faz um estardalhaço nas TV´s, com muitos depoimentos e matérias sobre a via do sujeito, o que é normal; no caso do Bolaños chegava-se a dizer que era um momento histórico, evidente que a morte é uma data que marca e se o sujeito é mundialmente conhecido marca muito mais, mas a forma era sempre abusada.

Voltando à comparação do Chaves com o Carlito: Chaplin retratava a sociedade, ia profundo no humano que o que há de mais político e descritivo que é o humor, sempre no fundo a crítica política; já o Chaves é mera bestialização do Mundo, aqui e acolá apelando para o sentimentalismo, mas operava em torno de um grande exagero, são essas bobagens que atraem tanto.

E as cenas se repetem o tempo todo, se tornam conhecidas, o espectador já sabe o que vai acontecer, mas o impressionante é que o seriado se tornara altamente assistido, talvez pelo fato de ser uma forma de humor muito simples e segregada do mundo, eles abusavam  da cena que iria provocar o riso; da mesma form que os desenhos antigos, o inusitado ocorre do nada.


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