Agropecuária familiar no semi-árido nordestino - Blog A CRÍTICA

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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Agropecuária familiar no semi-árido nordestino

O semi-árido nordestino tem tudo para ser uma região muito próspera, bastando para isso mudar a mentalidade econômica e passar a praticar as atividades adequadas ao clima da região. E, em contrapartida a gestão estatal precisa se modernizar, as universidades e os Institutos Federais instalados e ampliados é e devem ser uma base para isso.

Luiz Rodrigues

Essa região marcada pelas imagens da fome, da falta d`água, tudo atribuído à seca, padeceu na verdade em virtude, de início da concentração das terras, isso se reduz a partir dos anos 1970 com o fim do ciclo do algodão, da falta da produção adequada e de práticas incorretas do acúmulo da água de chuva.

Os incas no neolítico construíam cisternas de captação e armazenagem de água, aqui no nordeste optamos logo por construir barreiros e, com o aumento da técnica e a participação do governo, de grandes barragens que necessitam de anos em que "chove acima da média" para encherem.

É inegável o papel das barragens, mas se pode, se deve na verdade, mesclar dois sistemas: as barragens e a máxima captação de água de chuva com sistemas que, diferentemente dos rios que levam a água às barragens, acumulam a água de forma mais fácil. O que já choveu em 2015 é mais do que suficiente para consumo humano o resto do ano inteiro, no entanto o risco de uma crise hídrica grave no segundo semestre é considerável.

As técnicas de produção agrícola em pequena escala com barragens subterrâneas ou barreiros trincheira também têm se mostrado eficientes. A caprinocultura é a criação animal mais adequada ao semi-árido, podendo-se produzir leite e queijo com comercialização a partir de cooperativas. Da mesma forma se pode comercializar produtos do caju, o mel de abelhas e de outros frutos da caatinga.

O Semi-árido atualmente é eminentemente urbano, mas são pequenos municípios em sua maioria que se tornam onerosos e deficitários vivendo de previdência: 1 prefeito e cerca de 10 vereadores quando se precisava apenas de uma sub-prefeitura com uma equipe decente.

O problema das municipalidades brasileiras é antigo, Victor Nunes Leal nos brindara com um estudo monumental para entendermos o Brasil: Coronelismo: Enxada e voto; "políticos" ociosos vendendo ilusões, fazendo da política uma atividade anti-política e figurativa.

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