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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Cepal prevê retração de 1,5% para o Brasil em 2015

Previsão da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe é de crescimento médio de 0,5% na região no mesmo período; América do Sul deve ter retração de 0,4% e Venezuela de 5,5%; órgão pede estímulos a investimentos.
Foto: Cepal
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal, os países da região vão crescer em média 0,5% em 2015. O Brasil deve ter uma retração de 1,5% no mesmo período.
De Santiago, no Chile, o secretário-executivo adjunto da Cepal, Antônio Prado falou à Rádio ONU sobre a situação brasileira.
Brasil
"O real já se desvalorizou mais de 30% e isso termina por ser um estímulo para o setor industrial e para as exportações brasileiras. Mas é claro que existe ainda a necessidade do estímulo, investimentos na área de infraestrutura, isso já vem sendo feito com as novas concessões, mas investimento leva tempo."
O Panamá vai liderar a expansão regional com um aumento de 6%. O Produto Interno Bruto, PIB, do México vai subir 2,4% e o da Argentina 0,7%. A Venezuela deve ter um declínio de 5,5%.
Segundo Prado, a Cepal acredita que a "economia brasileira deve se recuperar mais rapidamente que a economia venezuelana" por conta da "diversificação característica da estrutura produtiva brasileira".
Região
As novas previsões do órgão foram dilvulgadas nesta quarta-feira na capital chilena. Apesar da desaceleração ser um fenômeno generalizado na região, a Cepal prevê crescimento heterogêneo entre subregiões e países: a América do Sul terá retração de 0,4%; América Central e México vão crescer 2,8% e o Caribe terá expansão de 1,7%.
"Então é um quadro bem diversificado. A América do Sul sofrendo mais esse processo de fim do boom das comodities e a América Central como é uma região que é importadora líquida de petróleo, nesse momento em que há essa forte queda dos preços dos petróleos, a região se beneficia e se beneficia também da recuperação que vem tendo, lentamente, é verdade, mas que vem tendo a economia norteamericana."
Na apresentanção de seu mais recente relatório anual, a Cepal pediu o estímulo ao processo de investimento para retomar o crescimento e melhorar a produtividade das economias da região.
Fatores
De acordo com a publicação, a desaceleração econômica se deve a fatores internos e externos.
No cenário externo, o crescimento lento da economia mundial em 2015 se destaca, particularmente a desaceleração da China e outras economias emergentes, com excepção da Índia.
O relatório indica que o comércio global vai permanecer estagnado e, além de uma demanda menor, há também uma tendência de queda entre os preços de produtos básicos assim como maior volatilidade e incerteza nos mercados financeiros internacionais.
Na arena doméstica, o relatório afirma que uma contração em investimento junto à desaceleração do crescimento do consumo e outros fatores estão contribuindo para uma redução da demanda interna.
Segundo o documento, este tem sido o principal fator conduzindo o crescimento em anos recentes.
Desemprego
A Cepal destaca que o declínio na taxa de investimento e a menor contribuição ao crescimento da formação bruta de capital são preocupantes.
A razão seria porque isto não apenas afeta o ciclo econômico, mas também a capacidade para crescimento e sua qualidade em médio e longo prazos.
Em questões trabalhistas, o relatório assinala que um crescimento menor terá um impacto negativo no emprego. Em média, a previsão é que a taxa de desemprego cresça em 2015 para cerca de 6,5% da população, de 6% registrado no ano passado.

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