Desdobramentos da crise política até o momento - Blog A CRÍTICA

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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Desdobramentos da crise política até o momento

A crise política pela qual passa a República brasileira tem inúmeras variações; uma crise econômica, de popularidade do governo, crise advinda da operação lava-jato e a crise política em si. Define-se no dia do segundo turno das eleições de 2014. Depois da morte do candidato Eduardo Campos e  com Marina Silva, substituta do pernambucano na chapa do PSB, passando a liderar a disputa, parecia que o segundo turno se daria entre Dilma e Marina, a candidatura tucana fora dada como fracassada.

No entanto, uma reviravolta nos últimos dias da campanha, com o PT apontando toda a artilharia sobre Marina e com sinalizações da lava-jato, Aécio Neves passa ao segundo turno com enorme força nas pesquisas, despontando como favorito para vencer durante boa parte do segundo turno.

Aí veio o resultado final, uma vitória petista com margem estreitíssima, onde, já ficou claro que o país estaria a partir dali dividido. A própria presidente no discurso de vitória conclamou a população e a oposição derrotada para reunir o país. O ex-senador gaúcho, Pedro Simon foi enfático ao dizer que aquilo não podia ter acontecido.

A união não veio, a crise foi derretendo o governo antes da posse. As coisas pioram com o anúncio das MP´s  664 e 665 tratando de mudanças em direitos  previdenciários o que causou descontentamento entre os apoiadores na sociedade do governo; aqui surge  o discurso do estelionato eleitoral por parte da oposição como tendo sido cometido pela presidente.

O outro epicentro sem dúvidas é o ajuste fiscal do Ministro Joaquim Levy, este gerou enormes descontentamentos entre os aliados e entre o próprio partido do governo. Fortaleceu a ideia de estelionato eleitoral, inclusive sendo feitas referências entre o Ministro Levy e o possível ministro da fazendo num governo de Aécio, o economista Armínio Fraga.

Dia de abertura do Congresso Nacional, a possível eleição de um "aliado" já era dado como inúmeros problemas garantidos para o governo, mesmo assim Eduardo Cunha derrota com larga vantagem o petista e ex-presidente da casa Arlindo Chinaglia. Cunha passa a pautar temas frontalmente contrários aos interesses do governo e a impor sucessivas derrotas ao planalto; no fim do primeiro semestre e depois de ser citado por um delato na lava-jato assume publicamente passar para a oposição.

Resultados ruins na economia, aumento do desemprego e da inflação, torraram a popularidade do governo que vai ficando a cada dia mais fragilizado no Congresso, ontem (05) dois partidos da base; o PDT, que deve ter candidatura própria na próxima eleição, e o PTB anunciaram a saída da base.

As tentativas de negociação dentro do Congresso e de diálogo com a sociedade civil não têm surtido efeitos concretos e o governo ruma com destino ao incerto numa trajetória onde parece não faltar tormentas e precipícios.

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