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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Universidade Federal do Rio Grande do Norte quer criar um 'Vale do Silício brasileiro'

Parque Tecnológico do Instituto Metrópole Digital, administrado pela instituição de ensino, conta com incentivos fiscais e infraestrutura diferenciada para fomentar pequenos negócios. Programas de aceleração e incubação também fazem parte do incentivo

O Parque Tecnológico Metrópole Digital apresenta condições especiais para o fomento do empreendedorismo. (Foto: Divulgação)

Bruno de Lima - Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios

Muito além do turismo, o Rio Grande do Norte é um lugar favorável para o empreendedorismo. Foi para apresentar essa ideia que o Sebrae-RN promoveu um evento na última terça-feira (3), em São Paulo. O objetivo do encontro era apresentar o Parque Tecnológico do Instituto Metrópole Digital (IMD) para o ecossistema paulistano.

Fundado em 2008, na cidade de Natal, capital do estado, o IMD é uma unidade acadêmica especializada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A instituição de ensina capacita profissionais na área de tecnologia por meio de cursos técnicos, superiores e pós-graduações.

O Instituto também promove a formação de jovens com altas habilidades (também conhecidos como “superdotados”) que estejam cursando o ensino fundamental, médio ou os dois primeiros anos da graduação.

Vale do Silício brasileiro

Mas o objetivo do espaço vai muito além da capacitação de profissionais para o mercado de trabalho. “A organização do Instituto tem como objetivo fomentar o empreendedorismo e inovação”, diz Anderson Paiva Cruz. Foi para tornar isso possível que o Parque Tecnológico do Instituto Metrópole Digital, no qual ele é diretor, foi criado em 2017.

Localizado em uma das regiões mais movimentadas de Natal, o Parque ocupa o espaço de cinco bairros e, segundo Cruz, oferece um ambiente favorável para o desenvolvimento dos negócios. Uma empresa credenciada tem acesso a consultorias, assessorias e suporte técnico provido pelo IMD.

A Instituição também oferece infraestrutura física, como salas de aulas e de reunião, coworkings e auditórios por preços extremamente competitivos, conta Cruz.

Segundo Rodrigo Romão, vice-diretor do Parque, um regime tributário diferenciado é outro fator que torna a região especialmente favorável para as empresas. Um negócio credenciado pode ter descontos municipais de 5% para 2% no ISS, 75% no IPTU, 30% no ITIV (equivalente ao ITBI) e isenção completa na Licensa de Localização. Já no âmbito estadual, empreendimentos da área de TI têm incentivos de 90% no ICMS.

Para a concessão desses incentivos, é necessário realizar um credenciamento digital. Os pré-requisitos são: estar localizado dentro da área do Parque Tecnológico e atuar na área de tecnologia da informação. O empreendedor também precisará apresentar o CNPJ da sua empresa, um descritivo das atividades e uma certidão negativa de débito municipal. “Caso a comissão avaliadora ainda tenha alguma dúvida, o empreendedor também pode ser chamado para contar um pouco mais do seu negócio”, diz Romão.

De acordo com Anderson Paiva Cruz, o propósito de tudo isso é apenas um: tornar o Rio Grande do Norte um polo de empreendedorismo, inovação e oportunidades. “O Parque Tecnológico atua para provocar em Natal a mesma coisa que aconteceu no Vale do Silício”. De acordo com o diretor do Parque Tecnológico Metrópole Digital, a integração com o ambiente acadêmico e a infraestrutura de ponta têm um papel fundamental para que isso se torne possível.

Com dois anos de funcionamento, o polo de TI já conta com mais de 50 empresas credenciadas.

Tecnologia e inovação

Além dos benefícios fiscais e da consultoria com especialistas, os empreendedores têm acesso a toda a infraestrutura tecnológica do IMD. Isso inclui laboratórios, internet de alta velocidade e um datacenter – que, segundo Cruz, é o segundo maior do Nordeste.

A instituição também conta com uma incubadora, a Inova Metrópole.

O sistema, formado por diversos programas, começa com uma pré-incubação de 12 meses. Segundo Cruz, a ideia é que essa etapa ajude os empreendedores "a transformar um MVP em um modelo negócios".

Já o programa de incubação é destinado a empresas já formalizadas que estão desenvolvendo soluções inovadoras na área de TI. Durante um período de até 36 meses, os empreendedores participantes têm acesso a assessorias em gestão, marketing, tecnologia, desenvolvimento organizacional e finanças. Uma rede de mentores e a infraestrutura do IMD também estão disponíveis para esses negócios.

O programa Acelera Inova é outro destaque oferecido pelo Parque. Durante 6 meses os especialistas do IMD ajudam empreendedores que têm uma ideia inovadora a criarem um protótipo funcional.

A inscrição para esses programas deve ser feita por meio de editais, divulgados no site do Inova Metrópole.

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