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| População do país cresceu 0,39% em relação ao ano passado, chegando a 213,4 milhões de habitantes - Foto: Claudio Vieira/PMSJC |
O Brasil chegou a 213,4 milhões de habitantes em 2025, segundo as Estimativas da População divulgadas nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa um crescimento de 0,39% em relação ao ano passado, mantendo a tendência de desaceleração do ritmo de crescimento demográfico já observada no Censo 2022.
O levantamento inclui a população de todos os 5.571 municípios brasileiros, além do Distrito Federal e do distrito de Fernando de Noronha, e já considera alterações de limites territoriais desde o último censo. A novidade é a inclusão de Boa Esperança do Norte (MT), mais novo município do país, que nasceu com 5.877 habitantes.
Os dados são referência para o Tribunal de Contas da União (TCU) no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios (FPM e FPE) e servem de base para a formulação de indicadores econômicos e sociodemográficos.
Capitais: crescimento modesto e perdas pontuais
As 27 capitais concentraram em 2025 um total de 49,3 milhões de habitantes, equivalente a 23,1% da população brasileira. Entre elas, o crescimento foi tímido e, em alguns casos, negativo.
Cinco capitais perderam população: Salvador (-0,18%), Belo Horizonte (-0,02%), Belém (-0,09%), Porto Alegre (-0,04%) e Natal (-0,14%).
Já Boa Vista (RR) foi a capital que mais cresceu, com alta de 3,26%, impulsionada pela chegada de migrantes venezuelanos. Também se destacaram Florianópolis (SC), com 1,93%, Palmas (TO), com 1,51%, e Cuiabá (MT), com 1,31%.
Entre as maiores capitais, Manaus (AM) foi exceção ao registrar 1,05% de crescimento, superando São Paulo (0,08%) e Rio de Janeiro (0,01%).
Regiões Metropolitanas: quase metade da população
As regiões metropolitanas e regiões integradas de desenvolvimento (RIDEs) concentram 103,5 milhões de habitantes, quase metade (48,5%) da população brasileira.
A Região Metropolitana de São Paulo segue na liderança, com 21,6 milhões de habitantes, seguida por Rio de Janeiro (12,9 milhões), Belo Horizonte (6 milhões) e a RIDE do Distrito Federal e entorno (4,8 milhões).
A maior taxa de crescimento foi registrada na Região Metropolitana de Florianópolis, com 2,24%, enquanto a RM de Salvador foi a única a apresentar queda (-0,01%).
Municípios: concentração e desigualdades
O estudo revela que 15 municípios concentram um quinto da população do país (20,1%), somando 42,8 milhões de pessoas. Entre eles, apenas dois não são capitais: Guarulhos (SP) e Campinas (SP).
Na outra ponta, o Brasil mantém municípios com menos de 1.500 habitantes. O menor continua sendo Serra da Saudade (MG), com apenas 856 moradores.
Outro dado relevante é que quase 38% dos municípios perderam população entre 2024 e 2025, principalmente os com até 20 mil habitantes, dos quais 45,8% encolheram. Em contraste, cidades médias (100 mil a 500 mil moradores) foram as que mais cresceram proporcionalmente.
Tendência de futuro
A pesquisa confirma o movimento de desaceleração populacional e de redistribuição interna dos habitantes, marcada pela perda de dinamismo das grandes capitais e o crescimento relativo de cidades médias e áreas metropolitanas. A migração internacional, especialmente de venezuelanos, tem desempenhado papel relevante em algumas regiões.
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