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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Epilepsia compromete rendimento escolar e especialista aponta seis formas de apoiar alunos

OMS estima 50 milhões de casos no mundo. Neuropedagoga destaca estratégias para reduzir barreiras cognitivas e promover inclusão escolar



A epilepsia, uma das doenças neurológicas mais comuns no mundo, atinge cerca de 50 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a Sociedade Brasileira de Epilepsia estima que aproximadamente 2 milhões de pessoas convivam com a condição, sendo grande parte delas em idade escolar. O impacto vai além das crises convulsivas, estudos mostram que crianças e adolescentes diagnosticados têm maior propensão a dificuldades de memória, atenção e aprendizagem, comprometendo o rendimento acadêmico.

Para a neuropedagoga Mara Duarte da Costa, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação, compreender a relação entre epilepsia e desenvolvimento cognitivo é essencial para que escolas ofereçam suporte adequado. “Muitos alunos com epilepsia enfrentam preconceito ou falta de estratégias pedagógicas que considerem suas necessidades. O desafio não está apenas no controle das crises, mas na criação de um ambiente inclusivo que favoreça a aprendizagem e a autoestima”.

Além das limitações cognitivas, a epilepsia pode gerar ansiedade e insegurança, ampliando barreiras sociais. Para Mara, capacitar professores para reconhecer sinais e adaptar atividades é essencial. “Quando o docente entende os efeitos da condição no ritmo de aprendizagem, consegue ajustar o planejamento e promover avaliações mais flexíveis sem comprometer o desenvolvimento do estudante”, afirma.

A especialista reforça que a inclusão depende de uma rede de apoio entre escola, família e profissionais de diferentes áreas. Para ela, enxergar o estudante além do diagnóstico é fundamental para que o processo de aprendizagem seja mais justo e produtivo. 

A partir dessa perspectiva, Mara reúne seis recomendações práticas que podem orientar educadores no dia a dia da sala de aula:

 

  • Reconhecer sinais além das crises

 

A epilepsia pode afetar memória, atenção e velocidade de processamento. Professores devem observar quedas no rendimento escolar e dificuldades recorrentes.

 

  • Adaptar atividades e avaliações

 

Planejamentos flexíveis, uso de recursos visuais, tempo extra em provas e reforço de instruções ajudam a reduzir prejuízos cognitivos.

 

  • Criar ambiente acolhedor

 

Manter diálogo com colegas de classe e combater o estigma contribui para a autoestima do estudante. Espaços tranquilos e livres de estímulos excessivos também favorecem o aprendizado.

 

  • Estimular a parceria família-escola

 

Pais e responsáveis devem informar sobre a frequência das crises, horários de medicação e necessidades específicas, garantindo alinhamento com a equipe pedagógica.

 

  • Promover suporte interdisciplinar

 

Acompanhamento de psicopedagogos, fonoaudiólogos e terapeutas auxilia no desenvolvimento cognitivo e socioemocional, ampliando as condições de aprendizagem.

 

  • Capacitar educadores

 

Formações contínuas em neuroeducação fornecem ferramentas para lidar com a diversidade em sala de aula, favorecendo a inclusão de alunos com epilepsia.

 

Sobre Mara Duarte da Costa

Mara Duarte da Costa é neuropedagoga, psicopedagoga, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação. Além disso, atua como mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Rhema Neuroeducação. As instituições já formaram mais de 90 mil alunos de pós-graduação, capacitação on-line e graduação em todo o Brasil. Para mais informações, acesse instagram.com/maraduartedacosta

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