
Imagem: Reprodução / Agência de Notícias da Indústria
Foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (2) a Medida Provisória nº 1.310, que abre crédito extraordinário de R$ 30 bilhões para o Plano Brasil Soberano, conjunto de medidas anunciado pelo Governo Federal em 13 de agosto para mitigar os impactos econômicos da elevação unilateral, em até 50%, das tarifas de importação sobre produtos brasileiros, anunciada pelo governo dos Estados Unidos em 30 de julho.
O plano tem como objetivo proteger exportadores, preservar empregos, incentivar investimentos em setores estratégicos e assegurar a continuidade do desenvolvimento econômico do país. Entre as ações, estão a concessão de crédito com taxas acessíveis via Fundo Garantidor de Exportações (FGE), prorrogação da suspensão de tributos para empresas exportadoras, aumento do percentual de restituição de tributos federais via Reintegra e facilitação da compra de gêneros alimentícios por órgãos públicos.
Quem pode participar
Para ter acesso às linhas de crédito e garantias, as empresas devem estar em situação regular na Receita Federal e na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, não podendo estar em recuperação judicial ou extrajudicial, falência ou liquidação, salvo apresentação de plano de recuperação aprovado judicialmente.
O acesso será priorizado para empresas que tenham registrado, entre julho de 2024 e junho de 2025, no mínimo 5% do faturamento total proveniente de exportações afetadas pelas tarifas. Empresas cujo percentual de faturamento proveniente desses produtos seja igual ou superior a 20% poderão acessar linhas de financiamento em condições ainda mais favoráveis.
Eixos do Plano Brasil Soberano
1. Fortalecimento do setor produtivo
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Linhas de crédito: R$ 30 bilhões do FGE serão destinados a concessão de crédito, priorizando pequenas e médias empresas e produtos mais impactados.
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Prorrogação de prazos do regime de drawback: Extensão de um ano para a exportação de produtos beneficiados pelo regime, sem cobrança de multas ou juros.
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Diferimento de tributos federais: Adiamento de impostos para empresas mais afetadas.
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Compras públicas: União, Estados e Municípios poderão adquirir produtos afetados pelas tarifas para programas de alimentação, com procedimento simplificado.
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Modernização do sistema de exportação: Ampliação das garantias à exportação e mecanismos de compartilhamento de risco com o setor privado.
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Fundos garantidores e novo Reintegra: Aportes adicionais de R$ 4,5 bilhões em fundos garantidores e aumento do percentual de restituição tributária para empresas afetadas, válido até dezembro de 2026.
2. Proteção ao trabalhador
3. Diplomacia comercial e multilateralismo
Com o Plano Brasil Soberano, o governo busca proteger exportadores e empregos, fortalecer a competitividade do país e tornar a economia mais resiliente frente a barreiras comerciais externas.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República


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