Por ocasião do Outubro Rosa, nova terapia deve beneficiar mais de mil pacientes ainda em 2025
O Trastuzumabe Entansina é indicado para mulheres que ainda apresentam sinais do câncer de mama mesmo após a quimioterapia inicial, geralmente em casos do tipo HER2- positivo em estágio III. Foto: GettyImages
A remessa inicial, composta por 11.978 unidades (6.206 de 100 mg e 5.772 de 160 mg), chegou ao almoxarifado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O fornecimento será realizado em quatro lotes, com entregas previstas para dezembro de 2025, março e junho de 2026. Segundo o Ministério, o volume adquirido atenderá 100% da demanda atual do medicamento no SUS, alcançando 1.144 pacientes ainda neste ano.
Investimento e economia
O governo federal investiu R$ 159,3 milhões na compra de 34,4 mil frascos-ampola do medicamento, sendo 17,2 mil de 100 mg e 17,2 mil de 160 mg. Segundo a pasta, a negociação permitiu uma redução de cerca de 50% no preço de mercado, gerando economia estimada em R$ 165,8 milhões aos cofres públicos.
Os valores foram reduzidos de R$ 7,2 mil para R$ 3,5 mil por frasco de 100 mg e de R$ 11,6 mil para R$ 5,6 mil por frasco de 160 mg.
Indicação e distribuição
O Trastuzumabe Entansina é indicado principalmente para pacientes que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial, em casos de câncer de mama HER2-positivo em estágio III. O medicamento será distribuído às secretarias estaduais de saúde, que realizarão a dispensação conforme os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas vigentes.
De acordo com o Ministério, a terapia amplia as opções de tratamento disponíveis no SUS e melhora as perspectivas de controle da doença e qualidade de vida das pacientes.
Outras terapias disponíveis
A pasta também informou avanços na oferta de inibidores de ciclinas — como abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe — para o tratamento do câncer de mama avançado ou metastático com receptor hormonal positivo e HER2-negativo.
A portaria que autoriza a compra descentralizada desses medicamentos deve ser publicada ainda em outubro. O novo modelo permitirá que estados e municípios adquiram diretamente os remédios, com financiamento federal, agilizando o acesso ao tratamento.
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