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| Energia elétrica residencial registra queda de 2,39% em outubro - Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias |
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o indicador oficial da inflação no Brasil, registrou alta de apenas 0,09% em outubro, após subir 0,48% em setembro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa recuo de 0,39 ponto percentual e é o menor para um mês de outubro desde 1998, quando foi registrado 0,02%.
Com o resultado, a inflação acumula alta de 3,73% no ano e 4,68% nos últimos 12 meses. Em outubro de 2024, o índice havia sido de 0,56%.
A energia elétrica foi a principal influência negativa no índice do mês, com impacto de -0,10 ponto percentual, refletindo a queda de 2,39% na energia elétrica residencial. Segundo Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, o movimento é explicado pela mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente em setembro, para a bandeira vermelha patamar 1, com cobrança adicional menor — R$ 4,46 por 100 kWh consumidos, em vez de R$ 7,87. Outros destaques negativos foram as quedas nos aparelhos telefônicos (-2,54%) e no seguro voluntário de veículos (-2,13%).
Alimentação e bebidas têm estabilidade e não pressionam o índice
Interrompendo uma sequência de quedas, o grupo Alimentação e bebidas, de maior peso na composição do IPCA, apresentou variação praticamente estável (0,01%) em outubro — o menor resultado para o mês desde 2017 (-0,05%). O índice não exerceu pressão sobre o resultado geral da inflação.
A alimentação no domicílio caiu 0,16%, com destaque para as reduções nos preços do arroz (-2,49%) e do leite longa vida (-1,88%). Entre as altas, sobressaíram a batata-inglesa (8,56%) e o óleo de soja (4,64%).
Já a alimentação fora do domicílio acelerou de 0,11% em setembro para 0,46% em outubro. O lanche passou de 0,53% para 0,75%, e a refeição, de -0,16% para 0,38%.
Vestuário e Saúde lideram altas
O grupo Vestuário (0,51%) teve a maior variação do mês, impulsionado pelos aumentos em calçados e acessórios (0,89%) e roupa feminina (0,56%).
Em Despesas pessoais (0,45%), os destaques foram a alta de 0,52% no empregado doméstico e de 1,97% no pacote turístico.
Já o grupo Saúde e cuidados pessoais (0,41%) teve o maior impacto individual (0,06 p.p.) no IPCA de outubro, com elevação nos artigos de higiene pessoal (0,57%) e nos planos de saúde (0,50%).
Transportes sobem 0,11%
O grupo Transportes (0,11%) refletiu as altas da passagem aérea (4,48%) e dos combustíveis (0,32%). À exceção do óleo diesel (-0,46%), todos os demais combustíveis tiveram variações positivas: etanol (0,85%), gás veicular (0,42%) e gasolina (0,29%).
INPC tem leve alta de 0,03% em outubro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,03% em outubro, acumulando 3,65% no ano e 4,49% em 12 meses, abaixo dos 5,10% registrados nos 12 meses anteriores. Em outubro de 2024, a taxa havia sido de 0,61%.
Os produtos alimentícios passaram de -0,33% em setembro para 0,00% em outubro, enquanto os não alimentícios desaceleraram de 0,80% para 0,04%.
Entre as regiões, a maior variação também ocorreu em Goiânia (0,92%), puxada pela energia elétrica (6,16%) e pela gasolina (4,78%), enquanto a menor foi observada em Belo Horizonte (-0,21%), em razão da queda na gasolina (-3,97%) e na energia elétrica residencial (-2,68%).




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