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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Espia-me que eu gosto

Se a NSA e as agências de espionagem de outros países, principalmente os "Cinco Olhos" (EUA, Canadá, Inglaterra, Austrália e Nova Zelândia), têm a capacidade de espionar pessoas do mundo inteiro e têm em suas listas os "militantes" de qualquer organização terrorista por quê não preveniram ataques recentes.

Esta e uma questão levanta por Glenn Greenwald em seu livro "Sem lugar para se esconder"; Glenn tenta demonstrar como é desnecessária para fins de prevenção o fato de espionar milhões de pessoas, para ele isso, inclusive, afeta a capacidade da agência. O jornalista tenta mostrar que o discurso político tenta passar para as pessoas que somente quem deve temer a espionagem é quem é 'mau" e, portanto, o "cidadão de bem" nada tem a temer.

Em outro ponto Gleen destaca pesquisas feitas em ciências sociais dando conta de que pessoas expostas a espionagem, quando elas sabem que são espionadas, tendem a deixar de praticar ações simples que fariam normalmente; para ele a espionagem afetam em cheio as disposições políticas normais em um regime de liberdades civis pelo fato de se ter perdida essa disposição por esses motivos, ou seja, a sensação me retira a liberdade de atuar e cria uma democracia gelada.

O que ele tenta descrever é que algo por trás do temor d terrorismo que podem ser impedidos por métodos policiais tradicionais; este temor levaria a esse medo generalizado e a "entrega" para a espionagem absoluta; Mas o atentado em Boston em 2012 e o atentado ao Charlie Hebdo por pessoas que eram monitoradas demonstram que a culpa não fora da falta de espionagem.

"Um estudo conduzido pela fundação centrista New America para testar a veracidade das justificativas oficiais em relação à coleta de metadados também estabeleceu que o programa “não teve nenhum impacto discernível na prevenção de atos terroristas”. Pelo contrário, conforme observado no Washington Post, na maioria dos casos em que complôs foram desmantelados o estudo apontou que “a segurança pública e métodos investigativos tradicionais forneceram os primeiros indícios que permitiram dar início ao caso'" (Glenn Greenwald).

Então,  cada novo atentado abre-se mais uma brecha de concessão pública para que se justifique uma espionagem que se estende para os campos das relações internacionais e econômico.

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