O Prêmio LeYa 2025 foi atribuído a Carla Marisa Pereira Vieira Pais, pelo original "A Sombra das Árvores no Inverno". A decisão unânime do júri foi anunciada esta manhã na sede da editora, em Alfragide.
| Carla Pais vence o Prêmio LeYa 2025 com o romance "A Sombra das Árvores no Inverno" - Créditos: Reprodução/Redes Sociais |
O romance foi apresentado a concurso sob o pseudônimo Aníbal Correia e sucede a Pés de Barro, de Nuno Duarte, vencedor da edição de 2024. Segundo a informação divulgada pela LeYa, esta foi a edição mais concorrida desde a criação do prémio em 2008, com 1.460 originais recebidos através da plataforma digital utilizada pela terceira vez consecutiva.
A decisão do júri resultou de duas sessões de deliberação, realizadas na tarde de 18 de novembro e na manhã de hoje. O painel foi presidido por Manuel Alegre e integrou José Carlos Seabra Pereira, Isabel Lucas, Ana Paula Tavares, Josélia Aguiar e Lourenço do Rosário.
Na declaração oficial, o júri justificou a escolha afirmando que o romance apresenta “situações problemáticas e convulsas de candente atualidade na Europa, sobretudo decorrentes da imigração oriunda de África e do Próximo Oriente”, articulando-as com temas como “a dor da perda e o amor, memória e esquecimento, luto e revivescência”. A obra será publicada pela LeYa nos primeiros meses de 2026.
Carla Pais, nascida em 1979 na freguesia de Regueira de Pontes e atualmente a viver em França, tem já vários prémios no seu percurso. O romance Mea Culpa foi finalista do Prêmio APE 2018; A Instrumentação do Fogo venceu a primeira edição do Prémio Francisco Rodrigues Lobo, na área da poesia; e Um Cão Deitado à Fossa recebeu o Prémio Cidade de Almada 2018 e o Prémio SPA para melhor livro de ficção narrativa em 2023.
Criado em 2008, o Prêmio LeYa distingue anualmente um romance inédito escrito em língua portuguesa e tem o valor de 50 mil euros. Ao longo das suas edições, já atribuiu 14 prémios e permitiu a publicação de 40 inéditos. As candidaturas deste ano chegaram de 22 países, com maior representatividade do Brasil (933 manuscritos) e de Portugal (416), seguindo-se Moçambique, Angola, Alemanha, Cabo Verde, França, Bélgica, Espanha, São Tomé e Príncipe, entre outros.
Os nomes dos seis finalistas serão divulgados ainda hoje no site da editora.



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