Raskolnikov (personagem principal) morava em um pequeno quarto na parte mais miserável da cidade. Os locais que ele costumava frequentar são geralmente claustrofóbicos e degradantes, freqüentados pela escoria da sociedade da época, como os bêbados, a baixa soldadesca e as prostitutas.
Toda essa miséria e degradação acabam por interferir nos personagens, que se dividem em dois grandes grupos: o primeiro é composto por aqueles que se deixaram levar pela miséria e acabam por sofrer um processo de degradação interna, transformando-se em seres amorais. O segundo grupo é composto por aqueles que não se conformam com a situação de miséria a que são submetidos e, a sua maneira, tentam reagir de alguma forma.
Há também, durante todo o livro, uma imensidão de personagens com ideologias diferentes. Existem os niilistas, os socialistas, os religiosos, os existencialistas etc. Durante todo o romance esses personagens travam uma verdadeira “guerra” filosófica entre suas ideologias, especialmente entre o espiritualismo (Representando por Sônia, a prostituta boazinha) e o niilismo (Andriêi)
Talvez, na cabeça de Raskolnikov, não houvesse crime em nenhum momento. O que o atormentava nem chegava a ser a velha, mas a possibilidade de ser pego. Assim, o crime em si não pareceu afetá-lo diretamente, mas pensar que não era um ser extraordinário, nem tão sangue frio como imaginava.
Agora é com você. Boa leitura.
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