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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ministro dos Transportes dará explicações na Câmara hoje


O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, vem à Câmara nesta manhã para prestar esclarecimentos sobre denúncias de propina e superfaturamento em obras sob responsabilidade da sua Pasta. A audiência será realizada pelas comissões de Viação e Transportes; e de Fiscalização Financeira e Controle.
Ex-secretário-executivo do ministério, Passos assumiu definitivamente o comando da Pasta com a saída de Alfredo Nascimento, após denúncias sobre a existência de um esquema de corrupção no órgão. Conforme reportagem publicada pela revista Veja no mês passado, integrantes do PR, partido ao qual Alfredo Nascimento e Paulo Sérgio Passos são filiados, recebiam dinheiro em troca da aprovação de aditivos em contratos de obras do ministério. O escândalo, batizado de “Mensalão do PR [Partido da República]”, levou à demissão de dirigentes do ministério, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., empresa pública ligada à pasta.
Posteriormente, a revista IstoÉ publicou que o ministério, entre abril e setembro de 2010, liberou a empreiteiras R$ 78 milhões para obras de estradas e ferrovias com indícios de irregularidades graves apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Nesse período, Passos ocupava o gabinete como interino, durante a campanha eleitoral ao Senado do então ministro Nascimento.
O requerimento de convite ao ministro Passos foi feito pelos deputados Pauderney Avelino (DEM-AM) e Vanderlei Macris (PSDB-SP). “O fato de mais de 20 pessoas ligadas ao caso terem sido exoneradas demonstra que o esquema de corrupção no ministério é endêmico e deve ser objeto de profunda investigação pelo Parlamento”, disse Avelino.
De acordo com Macris, em depoimento ao Senado no dia 12 de julho, o ex-diretor-geral do Dnit Luiz Antônio Pagot declarou, por duas vezes, que Paulo Sérgio Passos fazia parte do comitê gestor do órgão e tinha poder de veto na tomada de decisões, assim como outros ministros da área econômica do governo. “Esses trechos deixam evidente a possível participação de Passos nas negociações”, afirmou.
Agência Câmara de Notícias

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