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domingo, 25 de setembro de 2011

América Latina clama fim do bloqueio à Cuba na Assembleia da ONU


Esse assunto aparece no programa de debates do máximo foro mundial sob o titulo Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba", para ser discutido em outubro.

Ao expor essa demanda ante o foro dos 193 Estados membros da ONU, o presidente do Peru, Ollanta Humala, disse que "o caminho da paz e da reconciliação passa por pôr fim do bloqueio a Cuba."

Pouco dantes o mandatário de Suriname, Desiré Delano Bouterse, sustentou que o cerco norte-americano contra a maior das Antilhas dificulta a situação do povo cubano e tem um efeito negativo sobre o futuro.

O chefe de Estado perguntou à Assembléia Geral quantas resoluções mais há que adotar (na ONU) dantes de que se faça justiça ao povo de Cuba e pediu uma nova condenação desse órgão ao bloqueio que dura já meio século.

Por sua vez, o presidente de Paraguai, Fernando Lugo, dedicou um destacado espaço de sua intervenção à questão desse assédio e recordou a histórica posição de seu país e da América Latina e do Caribe a favor do fim imediato dessa medida.

Disse que esse impasse afeta o livre intercâmbio e a prática transparente do comércio internacional e ratificou que o Paraguai não reconhece a aplicação extraterritorial de leis internacionais que atentam contra a soberania de outros Estados.

A seu turno, o chefe de Estado boliviano, Evo Morales, ressaltou que a cada ano quase 100 por cento dos membros das Nações Unidas, com exceção dos Estados Unidos e Israel, exigem o cesse e o levantamento do bloqueio a Cuba.

Do mesmo modo, o mandatário guatemalteco, Álvaro Colom, reafirmou sua rejeição à prática de aplicar sanções e medidas coercitivas adotadas unilateralmente e exortou "o Governo dos Estados Unidos que deponha o embargo econômico à República de Cuba".

Na terceira jornada de discursos, o presidente de El Salvador, Mauricio Funes, vinculou sua crítica ao bloqueio com a importância de uma América Latina forte e unida.

Considerou que o assédio estadounidense contra a ilha antilhana "não é só um anacronismo e um episódio passado de história que queremos superar definitivamente", senão também "um passo para a desunião, um estorvo no curso da história".

Em tanto, o premiê de Granada, Tillman Thomas, sublinhou que o bloqueio a Cuba constitui uma inquietude caribenha e que "todos menos uns quantos membros da ONU" têm votado sistematicamente por sua eliminação.

No mesmo sentido e também do Caribe falaram os premiês de San Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, Antiga e Barbuda, Winston Baldwin Spencer, e Barbados, Freundel Stuart, bem como o chanceler de Saint Kitts e Nevis, Sam T. Condor.

Em termos similares, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, reiterou seu apelo pelo cesse do cerco econômico, comercial e financeiro contra o povo de Cuba, enquanto seu colega tanzano, Jakaya Mrsiho Kikwete, denunciou que se trata do bloqueio mais longo da história.

Também o fizeram os premiês do Timor Leste, Kay Rala Xanana Gusmão, Lesotho, Pakalitha Betuel Mosisili, e Guiné Bissau, Carlos Gomes, e o chefe de Estado namíbio, Hifikepunye Pohamba.

A denúncia contra o bloqueio também se escutou desde o Pacífico longínquo por intermédio dos chefes de governo de Vanuatu, Meltek Sato Livtunvanu, e de Ilhas Salomão, Danyy Philip.

Este será o vigésimo ano consecutivo em que a Assembléia trata essa questão e se espera que assim como nas 19 ocasiões anteriores, o plenário aprove uma resolução de condenação ao assédio de Washington contra a ilha caribenha.

No ano passado, o repudio a esse bloqueio foi respaldado por 187 países em frente aos únicos votos dos Estados Unidos e Israel e as abstenções das Ilhas Marshall, Micronesia e Palau.

Fonte: Prensa Latina

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