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terça-feira, 19 de junho de 2012

Protesto denuncia que grandes empresas são responsáveis por impactos ambientais e violações de direitos


Rio de Janeiro - Uma manifestação reúne hoje, dia 19, no Centro do Rio, representantes de movimentos sociais, sindicatos e comunidades impactadas por empreendimentos industriais de todo o mundo. Cerca de 2 mil pessoas devem participar do ato, que contará com a presença do ativista moçambicano Jeremias Vunjanhe, impedido de entrar no Brasil no último dia 12 e que só retornou ao país ontem após muita pressão da sociedade civil. Os manifestantes vão se concentrar às 17h30, em frente à Plenária 1, no Aterro do Flamengo, e sairão em passeata até o Palácio Capanema, onde será realizado um ato simbólico, com relatos de pessoas que sofrem os impactos gerados por projetos de grandes empresas. 

A manifestação pretende explicitar a responsabilidade das corporações na piora das condições de vida das populações e nos graves impactos ambientais no planeta, questionar o promíscuo vínculo com os governos e denunciar o lobby e as chamadas “falsas soluções” que serão apresentadas por estes grupos durante a Conferência da ONU Rio+20. Serão relatados abusos e crimes de empresas como Shell, Syngenta, Bunge, Bayer, Monsanto, Votorantim, Alcoa, Vale, Nestlé e Odebrecht, dentre outras. Os participantes também criticam a atuação dos bancos privados e das instituições financeiras, como o Banco Mundial e o BNDES, este último responsável pela maior parte do financiamento público de mega empreendimentos violadores de direitos. 

TKCSA, Petrobras, Eike, Delta e FIFA
As empresas que atuam no estado do Rio de Janeiro e têm sido sistematicamente denunciadas por impactos ao meio-ambiente e violações de direitos humanos serão lembradas durante o ato. É o caso da Vale e da ThyssenKrupp (sócias na Companhia Siderúrgica do Atlântico – TKCSA –, em Santa Cruz), do grupo EBX, de Eike Batista (responsável pelo Porto do Açu, no Norte Fluminense), e da própria Petrobras, denunciada por pescadores por inviabilizar a pesca na Baía de Guanabara. Os organizadores também prometem lembrar o vazamento de petróleo da Chevron, na Bacia de Campos,as denúncias de favorecimento da empreiteira Delta pelo governo do estado, e a responsabilidade da FIFA e do COI nas violações de direitos humanos cometidas nas obras da cidade.

Os participantes do ato afirmam que este modo irresponsável de operar é comum em todos os países. A partir de estratégias muito parecidas, que visam diminuir custos e obter maior lucratividade, as corporações pressionam e corrompem governos para garantir isenções fiscais e a flexibilização dos processos de licenciamento ambiental, por exemplo. Como consequência, ocorrem graves casos de crimes ambientais e violações de direitos, com apropriação indevida de terras, remoção de comunidades, contaminação do ar e da água e impactos na saúde das populações. É importante reforçar que, no caso das empresas brasileiras, isso tudo é viabilizado com financiamento público do BNDES, o que é ainda mais grave.

Cúpula dos Povos

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