“Por que o indivíduo seria honesto no escuro?” - Blog A CRÍTICA

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domingo, 15 de julho de 2012

“Por que o indivíduo seria honesto no escuro?”


Quando alguém liga e peço ao meu colega de trabalho para dizer que não estou: é uma atitude
ética?

Esta pergunta serve pra sintetizar uma série de pequenas questões que aparecem no dia-a-dia nas mais simples ações humanas.

Ética esta palavra tão falada, todo mundo se utiliza dela na hora que fala ao público, mas quando se está no escuro...


Diógenes de Abdera, o cínico, era um filósofo mendigo que viveu na Grécia antiga por volta do
século IV a.C. Diz-se que, ao invés de casa, morava num barril e contestava com ironia o modus vivendi e
a pretensa sabedoria dos cidadãos atenienses, bem como a corrupção da época.

Conta-se, como uma de suas peripécias, que ele costumava sair com uma lanterna em pleno dia, com
ar muito sério e investigativo. Aos passantes que lhe perguntavam o que procurava, ele respondia com
gravidade:


– Um homem honesto. Procuro por um homem honesto.
E seguia resoluto, olhando pelos cantos e também iluminando bem de perto o rosto dos cidadãos gregos.

Nem mesmo a luz de uma lanterna conseguiria nos revelar quem é ético na nossa sociedade, uma sociedade em que os valores não servem.


“Por que o indivíduo seria honesto no escuro?”
(Niklas Luhmann)

Essa frase encaixa-se perfeitamente no contexto brasileiro



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