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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Depoimento de Pagot frusta expectivas

Imagem do áudioO ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Pagot, se disse vítima de uma armação do contraventor Carlos Ramos e de dirigentes da construtora Delta, que tiveram interesses contrariados, como o não aditamento de contratos. Ele negou conhecer Carlinhos Cachoeira, mas confirmou encontros com o dono da Delta, Fernando Cavendish, e com o diretor da Delta Centro-Oeste, Cláudio Abreu, para discutir contratos. Ainda no depoimento, o ex-diretor do Dnit admitiu ter pedido doações de empreiteiros para a campanha presidencial do PT de 2010.

Apesar das expectativas de que fosses feitas revelações mais detalhadas sobre como a empreiteira Delta, empresa suspeita de integrar o esquema do contraventor, teria atuado junto a órgãos públicos em especial junto ao DNIT, o depoimento de Pagot não trouxe provas. Mas disse que parlamentares defendiam o interesse da construtora junto ao órgão, cobrando que editais e pagamentos, por exemplo, fossem liberados. Isso teria sido feito pelos deputado dos PR Wellington Fagundes, de Mato Grosso, e Valdemar Costa Neto, de São Paulo, que o depoente usa como exemplo.

A assessoria de Costa Neto disse que não há provas contra o deputado. Já Wellington Fagundes não foi localizado para rebater a acusação.

Em outra parte do depoimento o ex-diretor do DNIT assumiu que foi antiética a reunião que teve no órgão com o ex-tesoureiro da campanha presidencial de Dilma Rousseff, deputado José de Filippi, do PT paulista, onde ficou combinado que Pagot pediria doação de campanha para cerca de 40 empresas que tinham contrato com o órgão federal. Antiética, mas não ilegal, segundo ele. Avaliação contrária da dos parlamentares de oposição, como o deputado Onyx Lorenzoni, do DEM gaúcho:(sonora)

Para o relator da CPI, deputado Odair Cunha, do PT mineiro, a informação mais importante que Pagot trouxe foi a revelação de que a Delta recebeu do DNIT 11% a mais do previsto inicialmente nas licitações, os chamados aditivos, entre 2003 e 2010. E isso, para Odair Cunha, indica mais uma área que pode ser investigada.


Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, avalia que as investigações mostram que CPI do Cachoeira deve se transformar na CPI da Delta. 

"Mostra como atua o Senhor Cavendish cooptando, comprando agentes políticos, pressionando e achincalhando gestores públicos que conduzem os contratos Mostra o modus operandi do Senhor Cavendish, que não tem como não sair dessa CPI indiciado por formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa". 


Informações: Rádio Agência e Rádio Senado

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