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sábado, 29 de setembro de 2012

Cerca de 100 mil portugueses protestam contra a austeridade e a crise capitalista

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses ( CGTP-IN) realizou uma grande manifestação neste Sábado (29) em Portugal, cerca de 100 mil saíram às ruas em todo o país hoje à procura de um futuro melhor. Os manifestantes ordenavam "vá para o inferno Troika e austeridade, queremos nossas vidas de volta."
Foto: SIC Notícias
O secretário-geral, da CGTP, Arménio Carlos deixou duras críticas à política do Governo,  "O povo perdeu o medo e está a demonstrar que quer outra política e um Portugal diferente", afirmou Arménio Carlos no início do seu discurso. Mas o anúncio da convocatória da Greve Geral ficou guardado para o fim do discurso, com Arménio Carlos a prometer uma data após a reunião do Conselho Nacional da CGTP no dia 3 de outubro.

"Não vamos dar tréguas e a luta vai continuar até se concretizarem os  nosso objetivos", disse o sindicalista, informando que decorrerá, entre  5 e 13 outubro, uma marcha contra o desemprego. 

Confrontando Passos Coelho com a promessa eleitoral de não exigir sacrifícios aos que mais precisam e ao invés de forçar os que mais têm a contribuir, Arménio deixou a questão: "De que está à espera o primeiro-ministro para se ir embora?". E em seguida, exigiu "Vá e o mais depressa possível".


Arménio Carlos saudou as lutas e greves do Metro de Lisboa, da Transtejo, Soflusa, CP, Refer, Carris, STCP, professores, médicos, entre outras, destacando em particular as da Cerâmica Valadares e a Finnex, que lutam desde há meses pelo direito ao trabalho. "Este é o caminho que temos de proseguir para combater o cardápio da troika: um banquete para os ricos e poderosos à custa do rapar do tacho do povo, com Cavaco a chefe e Passos e Portas como cozinheiros exímios deste festim", prosseguiu.

"Hoje têm de ouvir a voz do povo. Porque se não a ouvirem a bem terão de a ouvir a mal, com a exigência da demissão deste Governo e de mudança de políticas", acrescentou Arménio Carlos, para quem o problema atual não é o da crise política mas o da crise económica "que nos empurra para o precipício". O líder sindical diz que foi a luta do povo que fez o Governo recuar na TSU, mas que se prepara já "pela via das alterações dos escalões do IRS" para "roubar salários e pensões a todos os trabalhadores, reformados e pensionistas".








"A única solução para a austeridade é acabar com ela!"

Esta Semana a eurodeputada da Esquerda Unitária (GUE/NGL) eleita pelo Bloco de Esquerda de Portugal, Marisa Matias, afirmou que A austeridade é como "um poço sem fundo", não tem limites e a única solução é acabar com ela", defendeu a eurodeputada Marisa Matias a propósito do parecer do Conselho de Ética que limita aos portugueses ricos o acesso aos medicamentos mais caros e também do facto de a Comissão Europeia do dr. Barroso e o Banco Central Europeu conseguirem ser ainda mais cruéis do que o FMI nas punições aos mais desfavorecidos associadas às dívidas soberanas.

Marisa comentou o parecer do Conselho de Ética sobre os medicamentos mais caros, que "quando a saúde começa a ser muito cara e deixa de ser um direito universal e independente dos recursos econômicos dos cidadãos, já ultrapassamos muito do que seria imaginável e decente".

"É o fundo do poço", denunciou Marisa Matias. A medida não é nova, o racionamento de medicamentos está a ser aplicado na Grécia em doenças graves como o cancro, a sida, a artrite reumatoide e outras, selecionando o acesso através das disponibilidades econômicas das pessoas.



"Não há nenhuma ética no mundo que aceite que só os doentes mais ricos possam aceder aos medicamentos mais caros", acrescentou a eurodeputada lembrando que ainda há pouco tempo caiu um governo na Holanda por ter decidido cortes nas despesas públicas em cerca de metade do montante dos que são aplicados em Portugal no sector da saúde. "Esta obsessão pelos cortes nas despesas" em sectores como a saúde, a educação e outros bens e serviços públicos mais do que necessários é, denunciou a eurodeputada portuguesa, "um caminho sem retorno".

Informações: Esquerda.net. Be Internacional e SIC Notícias

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