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terça-feira, 9 de outubro de 2012

FAO diz que cerca de 870 milhões de pessoas ainda passam fome no mundo


Agência informa que houve reduções nos níveis de insegurança alimentar na Ásia e na América Latina; mas na África, nos últimos quatro anos, mais 20 milhões de pessoas foram lançadas numa situação de fome.
Dezenas de milhares de pessoas já morreram por causa da fome no Chifre da África
Um novo relatório das Nações Unidas, divulgado nesta terça-feira, revela que cerca de 870 milhões de pessoas continuam passando fome em todo o mundo. Apesar de uma queda no número de famintos na América Latina e na Ásia, um em cada oito habitantes do planeta ainda sofre de má nutrição.
O documento "O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2012" informa que a grande maioria das pessoas que passam fome, ou 852 milhões, vivem em países em desenvolvimento.
Políticas
Mas a pesquisa também registra casos de sucesso. Na América Latina, por exemplo, Peru e Nicarágua conseguiram reduzir o problema em 54% e 49%, respectivamente.
O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, José Graziano da Silva, afirmou que com políticas coordenadas, algumas regiões poderão atingir as Metas do Milênio.
Nesta entrevista à Rádio ONU, de Roma, Graziano da Silva, falou sobre os resultados das políticas de combate à fome no Brasil.
"Merece destaque também para o Brasil que reduziu em 40% o número de pessoas com fome entre 1990 e 2012".
A região que obteve mais êxito no combate à fome, segundo o relatório da FAO, foi a Ásia. Nos últimos 10 anos, 200 milhões de pessoas deixaram de ser ameaçadas pelas insegurança alimentar. A China, em números absolutos, reduziu em 100 milhões o número de famintos.
Mas na África, enquanto alguns países apresentam avanços, outros ainda estão estagnados, como contou Graziano da Silva.
"Infelizmente, nas regiões da África Subsaariana e no Chifre da África vimos um aumento do número de pessoas com fome. É uma região em que temos enfrentado todos os tipos de problemas como secas, inundações, conflitos e vai na contramão da tendência geral da redução da (fome). Mas mesmo na África temos boas notícias: Gana, por exemplo, reduziu a fome em 87%, Mali, antes do conflito, tinha uma redução de 44% e Camarões de 35%.
Isso mostra que mesmo em situações adversas, quando há políticas para promover o desenvolvimento agrícola, principalmente dos pequenos agricultores, como foi feito em Gana, elas dão resultados imediatos no número de famintos"
A FAO lembrou que alguns ganhos no combate à fome foram revertidos com a recessão global. Mas segundo Graziano da Silva é inaceitável que o mundo ainda tenha 100 milhões de crianças, com menos de cinco anos de idade, que estejam abaixo do peso por não ter o suficiente para comer.
Ele encerrou dizendo que a comunidade internacional precisa se esforçar mais para reverter o quadro da fome no mundo.
Rafael Belincanta, de Roma para a Rádio ONU.*

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