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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Presidente egípcio anula decreto que lhe atribuía poderes quase absolutos


Mohamed Morsi decidiu anular o decreto que tem gerado uma enorme contestação um pouco por todo o Egito, contudo, optou por não cancelar o referendo sobre a nova Constituição, agendado para o próximo sábado. A oposição fala em “manobra política” e apela a manifestações contra o referendo.
Manifestação na Praça Tahrir contra Mohamed Morsi.
O anúncio da anulação do decreto de 22 de novembro, que retirava da Justiça o direito de impedir a vigência dos decretos presidenciais e inviabilizava o direito dos juízes de dissolver a Assembleia Constituinte, surgiu após os militares terem alertado, no sábado, que a não resolução da crise que se instalou no país por causa do projecto de uma nova constituição terá “consequências desastrosas” e irá mergulhar o Egito num “túnel escuro”.
“O diálogo é a melhor e única forma de chegar a um consenso. O oposto irá mergulhar-nos num túnel escuro que resultará numa catástrofe, e isso é algo que não podemos permitir”, adiantaram os militares em comunicado, que foi lido nas rádios e na televisão estatais.
Oposição apela a manifestações contra referendo
Em conferência de imprensa, a Frente de Salvação Nacional (FSN) afirmou que o facto de o presidente egípcio ter prescindido do decreto que lhe dava poderes quase absolutos não será suficiente para aliviar as tensões no país, já que Morsi não cancelou o referendo sobre o controverso projecto de Constituição, agendado para 15 de dezembro, que, segundo a FSN, não respeita os direitos das mulheres e ignora as liberdades individuais.
“Nós não reconhecemos o projeto de Constituição porque ele não representa o povo egípcio”, adiantou Sameh Ashour, representante da coligação, apelando a manifestações contra o referendo.
Presidente dá aos militares os mesmos poderes da polícia
Este sábado, o presidente egípcio aprovou uma legislação que institui a 'Lei Marcial', na qual são atribuídos aos militares os mesmos poderes da polícia, permitindo que os mesmos detenham civis por forma a conter os protestos que se têm generalizado por todo o país.
Desde que o presidente atribuiu a si próprio poderes quase absolutos, o país vive a pior crise desde a Revolução Egípcia, que teve lugar há quase dois anos, tendo-se registado, na última semana, sete mortos e centenas de feridos.
Esquerda.net

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