Pelo catolicismo de Casa-grande que fora trazido para o Brasil com os invasores portugueses firmaram-se os juízos de valor acerca de ser "bom" ou de ser "mal'; claro, juízo atrelado ao ideal de justiça nos ditames da fé católica. Aliado a este juízo se formou também com grande particularidade o hábito de fazer do privatismo dos senhores um poder capaz de prestar grandes favores contra o poder do Rei. Com o voto na "república" o privatismo transforma-se no clientelismo eleitoral, com esse "ser bom" que faz a cidadania em farrapos mesmo dentro de um Estado opressor o voto transforma-se em gesto de gratidão por essa mesma "bondade" pelas dentaduras recebidas. Nem se trata da questão se a ordem do Estado é justa ou injusta e sim que nem mesmo se espera que ela seja, modificar ou derrubar somente se existir cidadania, não era o que ocorria.
Esse "bom" ou "ruim" viciado é capaz de transformar o dominador em ídolo e qualquer militante em um condenado. Tente impedir a compra de votos e será uma "ruindade" em pessoa...
Para que o oligarquismo seja forte ele precisa e pessoas que considerem R$50,00 do voto comprado como um gesto de bondade, votar no vereador que "arrumou" o exame de vista, quem nunca ouviu coisas desse tipo. Fazem as pessoas pensarem que professor na ruam em greve protestando é uma "cambada de vagabundos". É bom um povo defendendo oligarca que "construiu" a escola, o posto de saúde, ou seja, procura-se essa bondade viciada e não um programa social de governo.
Como não lembrar da velha "Indústria da Seca", a famosa emergência que sempre que ocorria uma seca no Nordeste abriam-se frentes de trabalho em troca das cestas básicas que o governo enviava, José Agripino no Rio Grande do Norte até hoje é "bom" por que "mandava feira".
Ah, esse ser "bom" do catolicismo viciado pelo oligarquismo de plantão não permite que vão buscar políticas públicas voltadas para o enfrentamento da seca, é esperar a "bondade" dos oligarcas, é a mesma situação que verificamos nesse tumulto com o bolsa família.
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