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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Entre a cruz e a urna

Entre as críticas feitas ao cristianismo existe aquela que afirma ser a religião da boa nova fragilizadora da vida política dos homens, sendo por isso capaz de propiciar a dominação. Evidente que é logo contrastado com a errada maneira de enxergar os homens considerados mais fortes como detentores do "direito"  de exercerem domínio, as duas teorias são degradantes da condição humana a primeira pela passividade a segunda pela intolerância. O único caminho que resta é o da emancipação na liberdade e na autoafirmação em igualdade, sem intolerâncias e muito menos dominados.

No Brasil do catolicismo de Casa Grande a espera por esmolas tem comprometido e ainda hoje o faz a liberdade política, claro que propiciada pelo domínio na base da ignorância produzida na maioria exatamente para que sustente uma minoria, para os conflitos internos resta a religião atuando como um narcótico, mas quando se perde essa religião e de logo segue-se aos comando da Indústria Cultural e nas condições de miséria encontra-se o roubo e o assassínio, são duas realidades que se cruzam e parece que a última vai aos poucos se colocando sobre a anterior. Para quem vem da pobreza e se encaixa no consumismo só resta procurar um lugar no mercado de trabalho, isso não faz homens livres e sim escravos.

Aqui no interior do Nordeste esse processo fica muito claro, há muito a TV e outros modernos meios de comunicação em massa trazendo a urbanidade e o consumismo já se sobrepuseram sobre a anterior realidade local: rural e religiosa. Ainda somos hoje dominados pelo oligarquismo, não mais nos moldes rurais de que falara Victor Nunes Leal na Obra "Coronelismo Enxada e Voto", porém ainda visualizo perfeitamente a fragilidade política que vence as eleições na base do voto manipulado, e também se ver um criticismo preferencialmente em cima da imovibilidade de uma "classe política", esse termo me causa náuseas, que já não se espera nada (Engraçado que ainda ouço algumas discussões acerca de que, fez mais - o verde ou  vermelho- quem foi buscar aquela obra, miséria nossa) e abre-se por outro lado espaços para os aventureiros que se mostram verdadeiros donos de fórmulas para a "mudança" e as pessoas gostam desse, já vi muitos enganos e até esperarem isso de quem não é um aventureiro desses.

Para o Rio Grande do Norte é preciso libertar o povo das anacrônicas oligarquias que tem um domínio quase absoluto, ainda se é "bom" por causa do médico candidato que consegue um atendimento médico, enfim, é preciso colocar o povo na rua para se conseguir consciência política e espírito público.

Oligarquismo: O bom viciado

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