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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A prisão de David Miranda e a "Política do Medo"

David Miranda, companheiro do jornalista do The Guardian Gleen Greenwald, um dos principais responsáveis por expor as denúncias de Snowdem sobre os programas de espionagem norte-americanos, ficou nove horas detido no aeroporto de Heatrow, em Londres.

Com base na lei antiterrorismo, as autoridades britânicas interceptaram o cidadão brasileiro durante uma escala antes de embarcar para o Rio de Janeiro.

A Anistia Internacional classificouo ato como uma "injustificada tática de vingança" contra Glenn Greenwald, com base numa lei vaga e que "pode ser abusiva por razões mesquinhas e vingativas".

"Ao mirar em Miranda e Greenwald, o governo envia uma mensagem para outros jornalistas que mantêm sua independência e cobrem de forma crítica as autoridades: eles também podem ser alvo", afirmou, em nota divulgada nesta noite, a diretora sênior de Legislação e Política da entidade, Widney Brown.

O sociólogo Bauman há muito alerta-nos para que apoiados na política do medo os governos tendem a restringir direitos democráticos, assim tem sido em Nova York com o pare e reviste e com esse caso, o terrorismo é o medo fundamental para uma época super vigiada onde a insegurança para ser cada vez maior. Com base na lei antiterrorista, uma desculpa autoritária para retaliar quem usa da liberdade de expressão não de fachada.

Segundo o diário britânico The Guardian, Miranda teve todos os seus equipamentos eletrónicos confiscados, entre eles o telemóvel, a câmara fotográfica, as pens USB, DVD e consolas de jogos.

“Este é um profundo ataque à liberdade de imprensa e ao processo de recolha de notícias", afirmou Greenwald ao Guardian. "Deter o meu companheiro por nove horas, negando-lhe o acesso a um advogado, apreender boa parte das suas coisas, pretende claramente mandar uma mensagem de intimidação para aqueles que, como nós, estão a fazer reportagens sobre a espionagem da NSA e da GCHQ. "As ações do Reino Unido representam uma grande ameaça para os jornalistas em qualquer parte do mundo”.

Com Esquerda.net e Voz da Rússia

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