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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Trocando de identidade

A moral coloca o indivíduo em um ciclo, os valores, como diz Nietzsche, são criados pelo homem mas separam-se dele e passam a influenciá-los como se fossem criadores de homens e não suas criaturas. A moral quando nos receita algo, moralina no terno de Nietzsche, uma fórmula de boa conduta afasta a humanidade dela mesma e abre espaço para que aquilo que são dos homens transformem-se em imoralidades.

Na internet as pessoas criam perfis falsos, e são elas mesmas naquilo que são, mas tentam não ser, a moral diz para não ser aquilo da 'Identidade" falsa, mas ao mesmo tempo em que diz isso abre a porta para a falsificação.

Para Bauman na Modernidade líquida uma única pessoa pode ter várias identidades, porque agora caba a ela mesma dar-lha uma "Identidade".

[...] a ‘identidade’ só nos é revelada como algo a ser inventado, e não descoberto; como alvo de um esforço, ‘um objetivo’; como uma coisa que ainda se precisa construir a partir do zero ou escolher entre alternativas e então lutar por ela e protegê-la lutando ainda mais — mesmo que, para que essa luta seja vitoriosa, a verdade sobre a condição precária e eternamente inconclusa da identidade deva ser, e tenda a ser, suprimida e laboriosamente oculta". (BAUMAN, 2005, p. 22)

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