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domingo, 8 de setembro de 2013

Em entrevista a TV americana, Assad nega culpa por ataque químico

Às vésperas de o Congresso americano votar ação militar na Síria, presidente sírio diz não haver evidências sobre as acusações dos EUA. Jornal afirma que Pentágono prepara ataque mais longo que o planejado anteriormente.

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, negou neste domingo (08/09) que esteja por trás dos ataques com armas químicas contra civis no dia 21 de agosto. Em entrevista ao canal americano de televisão CBS, concedida em Damasco, Assad afirmou ainda que não há evidências conclusivas de que tal ataque tenha ocorrido.

A informação foi dada pelo correspondente da rede americana, Charlie Rose, que entrevistou o chefe de governo sírio. Rose contou que Assad afirmou não haver evidências de que ele tenha usado armas químicas contra meu próprio povo. A entrevista será veiculada nesta segunda-feira.

O suposto uso de armas químicas ocorreu no dia 21 de agosto e matou, segundo Washington, cerca de 1,4 mil pessoas – entre elas, 400 crianças. Os americanos afirmam não ter dúvidas de que as tropas de Assad são responsáveis pelos ataques.

Conselho de Segurança

Os Estados Unidos afirmaram neste domingo que não descartam a possibilidade de voltar a pedir ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução sobre a Síria, quando os inspetores das Nações Unidas concluírem o relatório sobre o suposto ataque com armas químicas contra civis. A França também admite que poderá apoiar a iniciativa, a despeito dos vetos anteriores de China e Rússia, membros permanentes do grêmio.
 
Após encontro com ministros árabes do Exterior em Paris neste domingo, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que os países árabes deverão apoiar a declaração de apoio do G20 – assinada por 12 Estados –, que pede uma resposta "clara e contundente" ao uso de armas químicas por parte do governo sírio.

O bloco árabe, que conta com 22 membros, ainda não deu seu aval para ataques do Ocidente em território sírio e vem ressaltando a necessidade de uma saída política para o conflito.

Da França, John Kerry irá a Londres, onde se encontrará com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e com o secretário britânico do Exterior, William Hague, em busca de apoio. O Parlamento inglês, porém, já votou contra uma ação militar na Síria na semana passada.

O encontro com os ministros árabes se segue a uma reunião com representantes da União Europeia neste sábado, na Lituânia. Após conversa com Kerry, o bloco decidiu apoiar os EUA na exigência de uma resposta por parte do governo sírio.

Rebeldes tomam localidade

Enquanto os americanos tentam costurar um acordo político que os forneçam base de apoio para a ação militar na Síria, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos afirmou que a pequena vila de Maalooula passou para as mãos dos insurgentes neste domingo.
 
Jornal afirma que forças americanas bombardearão por pelo menos três dias mais de 50 alvos
O confronto com as tropas do presidente Bashar al-Assad deixaram pelo menos 17 mortos – entre eles rebeldes da frente jihadista Al-Nursa. Maaloula fica no noroeste de Damasco e possui minoria cristã.

Três dias de bombardeio

Em reportagem publicada neste fim de semana, o jornal Los Angeles Times, afirma que o Pentágono "prepara um bombardeio sobre a Síria mais longo do que o planejado originalmente". Um forte bloco de disparos de mísseis seria seguido por mais ataques sobre alvos que os bombardeios anteriores falharam em destruir.

As forças militares americanas planejam pelo menos três dias de bombardeios em mais de 50 alvos no território sírio, número superior ao que havia sido incluído no planejamento inicial. De acordo com o LA Times, as alterações evidenciam a crença da Casa Branca de que os EUA precisam de mais poder de fogo para causar um mínimo de prejuízo às forças do presidente Assad.


DW.DE

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