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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

NASA destaca tendência de aquecimento do planeta

Agência classifica 2013 como o sétimo ano mais quente desde 1880, e alerta que, diante do atual nível de emissão de gases do efeito de estufa, cada década daqui para frente será mais quente do que a anterior. Por Fabiano Ávila do Instituto CarbonoBrasil
De acordo com um relatório divulgado pela NASA nesta terça-feira (20), com exceção de 1998, os dez anos mais quentes já registados aconteceram depois de 2000, sendo que 2010 e 2005 são os detentores do recorde de maiores temperaturas médias
Já virou tradição. A cada novo mês de janeiro as principais instituições que monitorizam o clima no planeta divulgam os seus dados sobre o ano anterior e, sem surpresa, descobrimos que se tratou de um dos anos mais quentes desde 1880, quando começaram as medições.
De acordo com um relatóriodivulgado pela NASA nesta terça-feira (20), com exceção de 1998, os dez anos mais quentes já registados aconteceram depois de 2000, sendo que 2010 e 2005 são os detentores do recorde de maiores temperaturas médias.
Ainda de acordo com agência, o ano de 2013 foi o sétimo mais quente, com uma temperatura média de 14,6oC, ficando 0,6oC acima da média para o século XX.
Desde 1880, a elevação das temperaturas globais teriam sido de 0,8oC.
“As tendências de longo prazo nas temperaturas na superfície do planeta são fora do comum e os dados de 2013 são mais evidências das mudanças climáticas em andamento. Enquanto um ano ou uma estação podem ser afetados por eventos meteorológicos aleatórios, a nossa análise mostra como são necessárias medições em longo prazo”, afirmou o climatologista Gavin Schmidt.
Um dos destaques no relatório da NASA é a afirmação, sem rodeios, de que a concentração de gases do efeito de estufa (GEEs) na atmosfera está a ser responsável pelo aquecimento global.
“Cientistas enfatizam que os padrões meteorológicos sempre causarão flutuações nas temperaturas médias anuais, mas o aumento contínuo nos níveis de GEEs na atmosfera da Terra está a resultar na elevação das temperaturas globais em longo prazo (...) Cientistas esperam que cada década seja mais quente do que a anterior.”
Segundo a NASA, a concentração de GEEs na atmosfera está na faixa das 400 partes por milhão, a maior vista no planeta nos últimos 800 mil anos.
NOAA
A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) também divulgounesta semana a sua avaliação de 2013, classificando-o como o quarto ano mais quente desde 1880, empatado com 2003.
De acordo com a análise, a temperatura média de 2013 foi de 14,62oC, 0,62oC acima da média do século XX. Assim, o ano passado foi o 37º consecutivo a registar aquecimento.
A diferença entre o registo do NOAA e da NASA para 2013, de apenas 0,02oC, foi considerada mínima pelas agências.
O NOAA ainda detalhou os eventos climáticos mais relevantes do ano, com destaque para o tufão Hayan, que assolou as Filipinas em novembro, com ventos de 315 km/h. Foi o maior tufão já registado no planeta.
No Brasil, a entidade salientou que 2013 foi o segundo ano consecutivo de secas severas no Nordeste, com o período sendo o pior dos últimos 50 anos. O Planalto Central também sofreu com a falta de chuvas, apresentando a menor taxa de precipitação desde 1979.
Já no Sudeste foi o excesso de chuva o principal problema. Em dezembro, a cidade mineira de Aimorés recebeu quatro vezes mais precipitação do que o esperado para o mês, resultando em enchentes e na morte de 45 pessoas.
O serviço meteorológico britânico, o Met Office, ainda não divulgou os seus dados oficiais, masgarante que também classificará 2013 como um dos dez anos mais quentes.
O Escritório de Meteorologia da Austrália destacou que 2013 teve a temperatura média mais elevada já vista no país, 21,8oC, e que o aquecimento desde 1950 ultrapassa 1oC.
Artigo de Fabiano Ávilado Instituto CarbonoBrasil

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