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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Fundos abutres: juiz autoriza JP Morgan a pagar credores da dívida argentina

A Argentina anunciou que vai processar o órgão regulador do mercado financeiro dos Estados Unidos por possíveis manobras especulativas dos fundos e quer que a Europa também investigue os lucros potenciais com a ativação dos swaps pelos fundos abutres.

Governo argentino prossegue batalha judicial contra os fundos abutres. Foto Jubilee Debt Campaign/Flickr

O juiz norte-americano Thomas Griesa, responsável pelo litígio entre a Argentina e os fundos especulativos, emitiu esta segunda-feira outra ordem, permitindo que o banco JP Morgan Chase pague aos credores da dívida argentina que tiveram os valores de seus títulos restruturados. O JP Morgan junta-se ao Citibank, Euroclear e Clearstream, que já tinham recebido a ordem de pagamento de Griesa.

Para todas essas instituições, o pagamento deverá ser feito de uma só vez. Entre estas exceções não se encontra o Bank of New York Mellon (Bony), em cuja conta continuam congelados os US$ 539 milhões que a Argentina aplicou no dia 26 de junho para detentores de dívida reestruturada.

Também nesta segunda-feira, Griesa ratificou, através de uma ordem judicial, Daniel Pollack como mediador nas negociações entre as partes, desprezando o pedido realizado pela Argentina. Embora já tivesse deixado claro que não queria substituir Pollack, o magistrado confirmou por escrito a sua posição “porque era necessário”, depois das observações expostas pelo advogado da Argentina, Jonathan Blackman, na audiência de 1º de agosto, na qual pediu a substituição do mediador por “perda de confiança”. “O tribunal acompanhou o trabalho de um mês de duração do mediador, que fez tudo o que lhe foi requisitado com grande habilidade", explica a ordem.

Blackman assegurou que a Argentina tinha considerado "doloroso e prejudicial" o comunicado que Daniel Pollack redigiu na reunião prévia à moratória e Griesa respondeu agora que "o mediador não criou uma condição adversa, mas esta já existia" e que nos seus comunicados "não houve nunca um sinal de imprecisão". “É difícil imaginar um movimento pior por parte deste tribunal que tirar o mediador. Seria uma grande injustiça e interferiria drasticamente no processo que aconteceu até agora e que deve continuar. É mais importante seguir na mesa de negociação para que os assuntos deste caso sejam resolvidos”, conclui a nota.

"Possíveis manobras especulativas"

A Argentina anunciou que iniciará ações perante o órgão regulador do mercado financeiro dos Estados Unidos (SEC - Securities and Exchange Commission) por “possíveis manobras especulativas” dos fundos especulativos na batalha judicial.
A ação será movida através da Comissão Nacional de Valores (CNV), segundo confirmou o presidente, Alejandro Vanoli. Ele acrescentou que os reguladores da Europa também serão instados a investigar o possível lucro que obteriam os fundos “abutres” pela ativação dos swaps (seguros contra calote).



Publicado por Página 12

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