Qualquer tentativa de dizer o que teria acontecido com o Brasil se não fora o Golpe de 1964 será sempre mera possibilidade, tendo-se em vista que não temos a capacidade de fazer tal determinismo com relação à história. Se teria havido um golpe de Jango, ou um Golpe comunista ou se o regime de 1946 teria continuado não sabemos, portanto; mas o que não sabemos também é como teria sido dada se não tivesse havido dito golpe a questão da reforma agrária no país.
Permitam-me especular sobre o tema: Gilberto Freyre no livro Nordeste relatou os efeitos malévolos do latifúndio monocultor na área primitiva de ocupação do nosso território, a faixa úmida do Nordeste, apesar de que ressalte os grandes intelectuais vindos da civilização do açúcar. Na década do golpe uma parte muito considerável, talvez a maioria da população do Nordeste e quase metade da população brasileira como um todo era rural e a não execução da reforma agrária naquela década forçou uma urbanização precária no país.
A década de 1960 foi aquela onde o Estado vassalo dos Estados Unidos da ditadura de Park na Coreia do Sul realizou reforma agrária naquela nação asiática e investiu de forma maciça em educação; na sequência ocorre o que aconteceu no Mundo, a urbanização (Revolução silenciosa, nesta década, pela primeira vez na história população urbana supera população rural), mas de forma equilibrada. Aqui até hoje não temos uma educação pública satisfatória, a sociedade se urbanizou pesadamente a partir da década de 1970 e a reforma agrária ficou, naturalmente, inviabilizada. Quem vai trabalhar no campo hoje, claro que se pode até pensar em formas de criar espaços econômicos no Campo que venham a reduzir urbanização caótica, mas tudo de uma forma diversa?
Dessa forma, se a ditadura tentava manter privilégios de uma elite além de fomentar a criação de um Movimento como o MST ainda contribuiu para que o país se tornasse violento como o é; a violência urbana se expanda primeiro nas metrópoles do Sudeste e atualmente se interioriza e assola os estados mais recentes na urbanização.
A década de 1960 era a ideal para as reformas, as mesmas que fez a Coreia do Sul; penso que a manutenção do regime de 46 e a continuidade da normalidade com eleições e a vontade de reformas que tinha aquela década teriam tornado o Brasil mais equilibrado socialmente; o regime de exceção expulsa do Brasil as mentes que o pensavam e teve que dizimar ligas camponesas no Nordeste, povoar o Centro e a Amazônia tornando-o repulsivo com relação a este assunto, suas tentativas de alfabetização de adultos fracassaram e a educação básica só se universaliza na década de 1990 de forma precária.
Será que houve a força do "PATRICIADO RURAL", como classifica José Murilo de Carvalho? Segundo esse historiador a força dessa casta rural impediu, por exemplo, a chegada das leis trabalhistas de Vargas ao campo, assim como a previdência rural, o que ocorre somente com a Constituição e 1988.
Dessa maneira, sem esquecermos as populações rurais; o país tem visto um fechamento abusivo de escolas rurais, o que afasta as novas gerações do campo; uma violência brutal com relação a povos indígenas e a necessidade de se fomentar a agricultura familiar; parece-nos que a via atual é com a realidade urbana, o principal instrumento sendo através da transformação da educação básica no país.
Permitam-me especular sobre o tema: Gilberto Freyre no livro Nordeste relatou os efeitos malévolos do latifúndio monocultor na área primitiva de ocupação do nosso território, a faixa úmida do Nordeste, apesar de que ressalte os grandes intelectuais vindos da civilização do açúcar. Na década do golpe uma parte muito considerável, talvez a maioria da população do Nordeste e quase metade da população brasileira como um todo era rural e a não execução da reforma agrária naquela década forçou uma urbanização precária no país.
A década de 1960 foi aquela onde o Estado vassalo dos Estados Unidos da ditadura de Park na Coreia do Sul realizou reforma agrária naquela nação asiática e investiu de forma maciça em educação; na sequência ocorre o que aconteceu no Mundo, a urbanização (Revolução silenciosa, nesta década, pela primeira vez na história população urbana supera população rural), mas de forma equilibrada. Aqui até hoje não temos uma educação pública satisfatória, a sociedade se urbanizou pesadamente a partir da década de 1970 e a reforma agrária ficou, naturalmente, inviabilizada. Quem vai trabalhar no campo hoje, claro que se pode até pensar em formas de criar espaços econômicos no Campo que venham a reduzir urbanização caótica, mas tudo de uma forma diversa?
Dessa forma, se a ditadura tentava manter privilégios de uma elite além de fomentar a criação de um Movimento como o MST ainda contribuiu para que o país se tornasse violento como o é; a violência urbana se expanda primeiro nas metrópoles do Sudeste e atualmente se interioriza e assola os estados mais recentes na urbanização.
A década de 1960 era a ideal para as reformas, as mesmas que fez a Coreia do Sul; penso que a manutenção do regime de 46 e a continuidade da normalidade com eleições e a vontade de reformas que tinha aquela década teriam tornado o Brasil mais equilibrado socialmente; o regime de exceção expulsa do Brasil as mentes que o pensavam e teve que dizimar ligas camponesas no Nordeste, povoar o Centro e a Amazônia tornando-o repulsivo com relação a este assunto, suas tentativas de alfabetização de adultos fracassaram e a educação básica só se universaliza na década de 1990 de forma precária.
Será que houve a força do "PATRICIADO RURAL", como classifica José Murilo de Carvalho? Segundo esse historiador a força dessa casta rural impediu, por exemplo, a chegada das leis trabalhistas de Vargas ao campo, assim como a previdência rural, o que ocorre somente com a Constituição e 1988.
Dessa maneira, sem esquecermos as populações rurais; o país tem visto um fechamento abusivo de escolas rurais, o que afasta as novas gerações do campo; uma violência brutal com relação a povos indígenas e a necessidade de se fomentar a agricultura familiar; parece-nos que a via atual é com a realidade urbana, o principal instrumento sendo através da transformação da educação básica no país.
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