O esdrúxulo debate da Inter TV - Blog A CRÍTICA

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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O esdrúxulo debate da Inter TV

O último debate eleitoral entre os candidatos ao governo do Rio Grande do Norte realizou-se na noite de ontem (Terça-feira 31/09), como sempre a Globo detêm o privilégio de realizar os últimos debates às vésperas do pleito; apesar de quê, pelo menos no caso do RN, o debate foi "espetáculo" repetido, não se conseguiu sair do que já tinha sido demonstrado em outras TV´s.

Nível lastimável, homens idosos que não sabem se expressar retoricamente; Henrique Alves, dono da emissora, e super confiante exige para si o "direito"  de deter todas a emendas do Estado, ele mesmo confirma: "não há uma cidade do estado onde não tenha a presença de Henrique", ou seja, por si próprio levanta o verdadeiro papel das emendas, lhes propiciaram, em termos de Victor Nunes Leal, o significado das emendas parlamentares, isto é, coronelismo remanescente.

Em outro ponto do debate Henrique falou que tem a capacidade de "articular" junto a outros níveis de governo, ou seja, coronelismo de novo; na base das relações sociais se consegue recursos pelo fato de tudo se concentrar na União e uma teia de troca de favores vai desemperrando o processo; é um meninão mimado, tem poder.

O candidato com sérias dificuldades de se comunicar, Araken Faria, pergunta para Robinson sobre meio-ambiente e diz que o candidato do PSD é dono de uma empresa que causou danos seríssimos em uma área de mangue no litoral; Robinson se defende dizendo que cumpriu, ele e seu pai, tudo que a SUDENE exigia; olha a velha SUDENE sendo aberta sobre seu uso, por isso que não deu certo.

Araken ao mesmo tempo em que pregava retirada de presídios das cidades chegoua a falar de batalhões nos bairros e se referiu a formas de vigilância cerradas.

Robinson quis por Henrique contra a parede por seus 44 anos de mandatos e inúteis e aí estourou o esgoto, os dois começaram a se referir a encontros nos quais poderiam estar na mesma chapa, referindo-se Henrique sempre a umas "reuniões" em sua residência no DF, fazer reunião pode, claro, mas de um forma que brincam com o RN, "quem será o próximo?", não dá certo.

Robinson disse que Henrique estava "nervoso" e Henrique disse que Robinson era o secretário de recursos hídricos de um poço só; aí Robinson disse que em 44 anos de mandato Henrique só tinha aprovado 5 projetos de lei, nenhum de utilidade.

A partir desse momento os candidatos evitam os dois oligarcas, Robério Paulino e Araken propiciam, então a única parte "limpa" do debate; um perguntando ao outro sem troca de acusações. O que não é possível com as duas figuras do oligarquismo, acostumadas a maciarem seus discursos, pondo obras públicas pelo meio, e se portando como donos do estado.

A oligarquia  morreu, só falta sabermos se será sepultada.

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