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domingo, 3 de maio de 2015

A morte do discurso político

São inúmeros os sociólogos que alertam do desinteresse da população par com a política e, se o fato existe devem haver as causas para ditas consequências; a política no século XX esgotou-se com  as possibilidades promessas de paraísos na terra? A plena positividade e a negação da negação abusiva? O que significam as imagens de ministros de governos expondo o negativo apenas justificando algo passageiro?

Luiz Rodrigues

Um detalhe intrínseco desta política é os meios de comunicação em massa, o centro do poder irradia-se para todo o Estado-nação, a mídia usada para aumentar  a presença estatal acaba inundando a sociedade do discurso que se torna efêmero.

A sociedade ficou no difícil dilema de crer ou não crer mesmo sabendo que é a política uma coluna essencial, atributo seu. Dessa forma parece ser a própria política na era da mídia de massa a responsável pelo enfraquecimento do discurso político. O que se poderia colocar em uma campanha eleitoral a não ser a possibilidade da plena bonança? Por que quando se nega se faz somente no sentido de defender o próprio programa que prega o segredo para o bom.

As campanhas são desalentadoras e todas elas marcadas por tentativas de estímulo, quem reparar o discurso de qualquer candidato na TV acabará ouvindo em algum momento algum tipo de estímulo para que as pessoas voltem a ter confiança na política, o que gera mais uma redundância e torna as campanhas midiáticas insuportáveis.

Outro aspecto é o declínio do candidato que aparece contra o "normal", e ele se faz só com o exercício do posto; obrigatoriamente esse sujeito é encaixado na "mesmice" e o discurso prometendo além do exercício das funções do mandato no legislativo ou diante da incapacidade de lidar com tantos problemas no executivo desmancha a popularidade.

O sociólogo Bauman se refere ao divórcio entre o poder e  a política, algo como se poder estivesse se dissociado da política, esta promete mas não possui mais a capacidade de outrora de fazer as interferências. É a morte do discurso político, dele advém o politicamente correto, o discurso agressivo somente aceitável para os que querem marcar posição e quem não precisa caminhar em terreno minado.

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