O Brasil e as ideias de segunda-mão - Blog A CRÍTICA

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terça-feira, 19 de maio de 2015

O Brasil e as ideias de segunda-mão

Parece que no Brasil andamos lento demais quando se trata das discussões intelectuais, ao contrário extremo de Cingapura somos profundamente apegados a picuinhas e boatos envolvendo a política, cremos demais em fantasias e damos muita atenção a imbecis.

A percepção dos estrangeiros, pessoas comuns e intelectuais, hoje é muito melhor do que a a nossa; ainda temos enraizado aquela vontade de para o bem ou para o mal fantasiar quanto a relação com o governo, era o que Raimundo Faoro trouxe em seu livro Os Donos do Poder citando creio eu Ruy Barbosa, sempre queremos o governo, qualquer probleminha culpamos o governo.

Temos andado falando muito em liberalismo e socialismo como se essa discussão fizesse algum sentido, nossa praticidade é péssima. No Facebook o que ocorre é a prostituição e boatização da política se coloca uma foto com Cuba de um lado e Cingapura de outro para se demonstrar as diferenças entre socialismo e liberalismo como se Cingapura fosse liberal, como demonstrara Jonh Kenneth Galbraith, autor de A Era da Incerteza, Cingapura não perde tempo com essas pelejas ideológicas, eles agem, aproveitam o melhor de todas as teorias, se perde sua casa o Estado lhe dar uma grátis e por outro lado são ultraeficientes nos negócios.

Ainda vemos debates entre o leninismo de um lado e seguidores de Olavo de Carvalho de outro, onde ou se vai construir a República do partido comunista ou se ver os sindicatos como muito perigosos, sem lembrar uma Alemanha, onde, até ano passado sequer havia salário mínimo nacional e a rentabilidade do trabalho era das melhores do mundo ,talvez o salário mínimo estabelecido se deva ao desmonte de Estado do Bem-estar social, que para outros "filósofos" pátrios quebrou a Europa.

O sindicalismo brasileiro mantém a estrutura da Era Vargas, sindicatos que querem ser braços do Estado, dirigido por pessoas que passam décadas nas diretorias e que muitas vezes atuam com o velho peleguismo. A questão imediata dos trabalhadores a quem deveria defender acabam sendo relegados diante de assuntos políticos, vejam centrais sindicais apoiando a terceirização das atividades-fim.

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