Faceta de uma realidade brasileira o chamado babão é vítima e culpado da desregulamentação, desorganização e exploração da mão-de-obra no país.
Nas fazendas os explorados aceitavam aquela condição, e isso atrelado ao "jeitinho" ou mal-da-casa-grande faz com que indivíduos enxerguem na subserviência e na proximidade com o patrão uma espécie de "prestígio".
Hoje isso predomina em fábricas de muitas cidades interioranas, golpeia-se as normas trabalhistas e explora o trabalho, mas com a aceitação em virtude da passividade e apoio dos babões, do lado trabalhista mas com a mentalidade errada.
No Rio Grande do Norte, a indústria têxtil e a cerâmica, muitas vezes não pagam salários mínimos legais, as jornadas são abusivas. A falta de sindicalização e de conscientização mantêm essa miséria íntegra.
No campo, em todas as regiões do país predominam os jagunços que auxiliam a exploração de trabalhadores rurais, no campo é grande o número de trabalho escravo. Inclusive, tramita no congresso a chamada PEC do trabalho escravo que prevê o confisco das terras flagradas mantendo trabalho escravo, claro conta com o bloqueio da bancada ruralista.
Na política é comum demais, cada chefete tem seus babões nos empregos ofertados e nas disputas de cargos menores.
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