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sexta-feira, 14 de março de 2014

Derretimento do Ártico acelera

A temporada com pouca presença de gelo marinho no Ártico está a ficar mais longa a uma média de cinco dias a cada dez anos. Por Tim Radford, do Climate News Network
Os estudos mais recentes mostram que a região está mais quente hoje do que esteve em qualquer momento dos últimos 40 mil anos. Foto de Chase Dekker
Já há algum tempo se sabe que o gelo do Ártico está desaparecendo, mas a velocidade com que isso está a acontecer vem surpreendendo cientistas: os estudos mais recentes mostram que a região está mais quente hoje do que esteve em qualquer momento dos últimos 40 mil anos.
Segundo um trabalho publicado no periódico Geophysical Research Letters, a temporada com pouca presença de gelo marinho no Ártico está a ficar mais longa a uma média de cinco dias a cada dez anos. Além disso, nalgumas áreas o congelamento das águas no outono está a acontecer mais tarde, a uma média de 11 dias por década.
Sem a presença do gelo, uma grande porção da região polar está a absorver calor ao invés de refleti-lo. É um ciclo vicioso: com mais calor a ser absorvido, menos gelo se forma e ainda mais calor é absorvido no ano seguinte. Isso explica por que o gelo no Ártico está a retrair-se e a ficar mais fino.
No estudo desta semana, pesquisadores monitoraram esse processo e descobriram que plantas que estavam congeladas há mais de 40 mil anos agora estão em contato com a atmosfera. Isso seria uma evidência de que o Ártico está mais quente hoje do que do que em qualquer momento dos últimos 40 mil anos.
Esse aquecimento ameaça animais que precisam de ciclos estáveis nas estações para sobreviverem, e está a acontecer de forma tão acelerada que, nas próximas quatro décadas, poderemos ver o oceano polar totalmente sem gelo durante o verão.
Julienne Stroeve, da Universidade de Londres, forneceu ainda mais dados sobre o aumento da velocidade do degelo no seu estudo.
Através da análise de imagens de satélites dos últimos 30 anos numa área de 25 quilômetros quadrados, Stroeve e os seus colegas descobriram que, nalguns pontos, a temporada de derretimento está até 13 dias mais longa.
“A extensão do gelo marinho no Ártico está em declínio nas últimas quatro décadas”, afirmou Stroeve, “e a mudança no período em que o gelo começa e termina a derreter tem um grande impacto sobre a quantidade de degelo perdido a cada verão. Com o Ártico ficando acessível por períodos maiores de tempo, existe a necessidade de melhorarmos a previsão de quando o gelo vai ser formado nas águas.”
* Publicado originalmente no Climate News Network (inglês) e retirado do site CarbonoBrasil.
Retirado de Envolverde

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