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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O acerto de Celso Furtado e o erro Venezuelano

Algo tinha que acontecer com a América Latina no sentido de superar a extrema desigualdade de renda que levava à tragédia da fome e ainda leva até hoje, embora Von Hayek negue a existência de justiça social mas não acreditamos que as sociedades sejam feitas para ver padecer parcela gigante de sua população padecer na fome; enfim a América Latina tinha um problema.

O economista brasileiro Celso Furtado negava a revolução vendo-a como solução drástica e com resultados perigosos, isolamento, ditaduras etc., pregava o desenvolvimentismo de Estado principalmente para dividir renda a fazer o progresso social das massas miseráveis, investindo em serviços públicos, essencialmente educação.

Não era o livre mercado que levaria a América Latina a sair da miséria espontaneamente, até mesmo a Inglaterra precisou de um Estado organizado para dar o ponta pé inicial e depois de atingido a prosperidade é necessário, conforme demonstra Piketty, instituições democráticas fortes para impedir a expansão das desigualdades.

A chegada da esquerda ao poder no início do Século XXI representou um processo importante de evolução no quadro social altino-americano, por meio de eleições, países com instituições democráticas mais sólidas. Onde a esquerda primeiro chegou ao poder, na Venezuela, é onde primeiro chegou o fracasso econômico depois de uma década e meia no poder e a hegemonia pode levar à tirania.

A realidade política é extremamente sensível a cegueiras e loucuras, um mero caminho tortuoso é suficiente para levar á brutalização e ao uso da força arbitrária.

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