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domingo, 26 de abril de 2015

O Brasil depois da lava-jato

Se uma pessoa compra 5 pães por um real no Brasil, uma prefeitura no Brasil compra 1 pão por cinco reais.


E a cura pra isso não vem de uma pessoa salvadora ou da responsabilização de um partido. É bom descermos para os municípios, ficando assim mais fácil de chegar as pessoas. É claro que os partidos devem ser responsabilizados, se você observa uma estrada esburacada há pouco tempo depois de feita logicamente perguntará quem roubou. Se precisa de hospitais públicos com toda aquela imundície que todo mundo conhece sente na pele o preço da má gestão da coisa pública.

Por que nossa nação é tão incisivamente assolada pela corrupção? Essa é uma pergunta que incomoda a todos, que se tornara a nossa piada, talvez a forma mais comum de formar um conceito sobre Brasil. Um problema da América Latina, se diz que temos isso no DNA, mas logo na sequência se fala de nossa formação, de como fomos parte de um saqueio, de como aqui sempre prevalecera o homizio, de como se formara povos afastados das decisões políticas etc.

E esse é o principal para se entender corrupção na América Latina,  o privada se aproveita do público e o amesquinha, o privado-público também, isto é, tendemos a crer que o público do todo pode ser de cada um, cada um o que pode conseguir facilidades para o acesso.

O que a lava-jato nos ensina é que em toda negociação, contrato, com o poder público já se vai com a intenção de furtar, a arte banal de furtar seus concidadãos. Nunca diga que é normal corrupção no Brasil, diga que ela s cria dessa maneira mas que teremos de construir uma cultura republicana de lidar com o público.

Outra coisa: a cartelização para dominar as agências estatais, as empresas grandes não gostam do submetimento à lei; o cartel é uma prática para fraudar preços. A operação zelotes demonstrou como se burlava a receita.

O estado fica essa bagunça; obras que duram tempo demasiado para a conclusão, de má qualidade, os preços que sobem exageradamente ao longo da execução, a responsabilização da "burocracia" (na verdade falta de burocracia), emfim, certamente, a corrupção contra a qual os brasileiros tentam rechaçar. 

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