Wesley Safadão mais degenerativo do que o crack? - Blog A CRÍTICA

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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Wesley Safadão mais degenerativo do que o crack?




O crack se situa entre as drogas sintéticas ou semi-sintéticas de maior impacto sobre um indivíduo, sempre apontada como um dos fatores mais incisivos  para o atual quadro de violência brasileiro; sem dúvidas o é, o crack é o tipo de droga que preenche o vazio de vidas em sentido e, por isso, destituídas dos valores que influem na sociabilidade saudável.

Os efeitos de drogas como o crack atingem o sistema nervoso do indivíduo, já o efeito da sonorização que vem ocupando o espaço da música afeta o "consciente coletivo" da sociedade como um todo, Imagine alguém, um artista reconhecido, ostentar a alcunha safadão no nome e "cantar": "sou sem vergonha mesmo, descarado mesmo...", não em um autorressentimento judaico-cristão, mas sim como motivo de ostentação.

A luta intelectual contra as "prisões morais": não poder blasfemar contra a religião ou a mulher não poder sair sozinha à rua; faz parte da busca incessante do ocidente por liberdade, então não vale a pena ser  um moralista retrógrado, mas sim de atentar para o fato de que a constituição do sujeito individualmente e como membro de uma sociedade passa por uma concepção moral que estabiliza as práticas da vida.

A função da música é de buscar o sublime, não há música sem metáfora (A cegueira do assum preto de Gonzaga comparada à saudade), não há música sem exposição do belo na natureza; pois, que o que se quer apresentar como música hoje no Brasil, Funk, "sertanejo universitário" ou "forró eletrônico" é meramente plástico, não existe sublimação, muito mais, pura agressividade; a função disso tudo não é aliviar a mente e sim estimular instintos agressivos, é uma desconstrução da música.

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