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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Programa Começar de Novo do CNJ traz Trabalho, vida nova e mais esperança para os que saem dos presídios

Mais de mil e seiscentos postos de trabalho foram ocupados por detentos e egressos do sistema carcerário brasileiro desde outubro de 2009, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instituiu o Programa Começar de Novo, voltado à diminuição da reincidência criminal. Desse total, foram 500 apenas de maio a julho deste ano, o que revela aumento no ritmo de ocupação das vagas. Os dados estão noPortal de Oportunidades, ferramenta do CNJ alimentada com informações dos tribunais de Justiça, responsáveis pela execução do programa nos Estados e no Distrito Federal.


O público atendido pelo Começar de Novo exerce atividades nas próprias unidades prisionais, em órgãos públicos, empresas privadas e entidades da sociedade civil. Um dos setores que mais contratam é o da construção civil. Em setembro, o número de vagas preenchidas vai aumentar ainda mais com o emprego de 300 detentos do Maranhão na construção de 3 mil casas do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, resultado de parceria entre o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) e o Sindicato da Construção Civil do Estado (Sinduscon/MA).
 
O Portal de Oportunidades do CNJ mostra também que ainda existem 2.593 vagas de trabalho disponíveis, revelando uma significativa adesão ao programa e, ao mesmo tempo, o desafio dos tribunais em preenchê-las – uma das soluções que estão sendo buscadas é o reforço dos investimentos na capacitação profissional dos detentos. Além disso, o CNJ iniciou, no ano passado, um censo para traçar o perfil socioeconômico da população carcerária, com o objetivo de, a partir das aptidões e interesses profissionais, agilizar e facilitar a administração das vagas de cursos e de trabalho.
 
Histórias de vida

Por traz dos números do portal, histórias de quem errou, acertou as contas com a Justiça e luta para começar uma vida com emprego e dignidade, longe do crime e de suas consequências. Como Lázara Martins dos Santos, de 39 anos, que cumpre pena no regime aberto, hoje é uma microempresária do ramo de confecções e ainda dá emprego para outras duas apenadas

O relato de Lázara reforça o princípio básico do Programa Começar de Novo, do Conselho Nacional de Justiça: o estudo e o trabalho são a melhor alternativa para evitar a criminalidade. Hoje ela comemora, em Campo Grande/MS, o sucesso de sua pequena fábrica de roupas e a oportunidade de ajudar outras pessoas. “Eu dou emprego para duas outras detentas na minha confecção. E me sinto muito importante ao ver a felicidade delas com o trabalho”, disse a empresária. 

Jorge Vasconcellos
Agência CNJ de Notícias

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