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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Na conta de Belo Monte, 222 demitidos e uma ameaça de morte


colaborador do jornal Brasil de Fato foi jurado de morte enquanto cobria a demissões
Além de gerar transtornos para a população de Altamira (PA), a construção da Usina de Belo Monte contabilizou, em um mês, 222 trabalhadores demitidos e uma ameaça de morte a um jornalista. O colaborador do Brasil de Fato e repórter do Movimento Xingu Vivo para Sempre, Ruy Sposati, foi jurado de morte enquanto cobria a demissão de 80 trabalhadores do Consórcio Construtor de Belo Monte, na rodovia Transamazônica, no último dia 12.
Ruy acompanhava os trabalhadores que estavam sendo escoltados por policiais militares até o escritório do Consórcio, onde foi feita a rescisão do contrato. As demissões aconteceram após uma nova uma paralisação no sábado (10) para exigir que o Consórcio cumprisse um acordo trabalhista. Outros 142 trabalhadores já haviam sido demitidos em 11 e 16 de novembro, também em razão de manifestações coletivas por melhorias nas condições de trabalho.
Sposati prestou depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) no mesmo dia. Segundo ele, um homem não identificado, mas supostamente policial, o chamou de “vagabundo” e de “baderneiro” e o ameaçou de morte repetidas vezes. “Eu vou te matar é agora mesmo”, disse ao repórter.
O agressor também tentou impedir que Sposati registrasse a escolta dos trabalhadores. Alegando que a polícia não poderia ser fotografada, o homem tentou retirar o equipamento das mãos do repórter, o que não ocorreu devido à interferência de trabalhadores. Policiais que assistiam a situação não interferiram.
De acordo com o jornalista, o homem que fez as ameaças saiu de uma caminhonete prateada, de placa JUV 21118, que posteriormente foi identificada como de propriedade da Polícia Militar. O MPF encaminhou a denúncia para o Ministério Público Estadual. A corregedoria da PM também foi notificada e deve esclarecer se o agressor pertence à Corporação e porque usava o carro oficial do órgão.

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