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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Na Espanha Sindicatos prometem referendo sobre medidas de austeridade


Na Espanha os Sindicatos exigem que o governo promova a consulta popular  sobre as medidas de austeridade, caso isso não venha a ocorrer os próprios sindicatos irão tentar realizar o referendo. Os sindicatos ameaçam uma greve geral. Hoje o país para em meio a uma  greve dos trabalhadores do setor ferroviário e pelos protestos dos funcionários públicos.

Esta sexta feira, Ignacio Fernández Toxo, secretário geral da Confederação Sindical das Comissões Obreiras (CCOO), reivindicou a convocatória urgente de um referendo sobre as medidas de austeridade aprovadas pelo governo, avança o Público espanhol. Caso tal não se venha a concretizar, os sindicatos vão promover uma consulta popular não vinculativa e ameaçam avançar para uma greve geral.

O dirigente sindical defende que a realização de um referendo deveria partir do próprio governo, já que este está a governar numa “fraude democrática”, “com um programa que não foi sujeito a escrutínio”. Estas medidas devem ser “referendadas” pela cidadania.

Os sindicatos pretendem criar, na cimeira social prevista para a primeira semana de setembro, uma comissão promotora composta por “pessoas suficientemente reconhecidas” e, em seguida, conceber uma rede "pró-referendo" em todas as cidades espanholas. Ainda que esta consulta popular não seja formalmente vinculativa, "moralmente ela obrigaria o governo a retificar ou a convocar eleições antecipadas”.

Caso tal não aconteça, abrir-se-á um amplo cenário de mobilizações que pode culminar numa greve geral, adianta Ignacio Fernández Toxo, que sublinha ainda que “se Espanha recorrer a um resgate total ou parcial e o mesmo implique novas medidas de austeridade a greve geral estará mais próxima”.

Greve dos ferroviários em Espanha contra liberalização do setor

Esta sexta feira, as cinco organizações (CCOO, UGT, SEMAF, SFF-CGT e SF) que convocaram a greve de 24h, que abrange os trabalhadores da Renfe, Adif e Feve, afirmaram que a privatização do setor ferroviário é um “roubo” que vai piorar a qualidade do serviço e traduzir-se no aumento dos custos dos bilhetes. "É um desmantelamento do Estado Social mediante uma forma moderna de golpe de Estado por decreto", adiantou Salvador Durán, do sindicato ferroviário, citado pelo El País.

Esta greve será a primeira "de uma longa lista, se o governo continua a mostrar essa atitude", avisam os sindicatos. Já foi, inclusive, confirmada uma nova greve para dia 17 de setembro, conforme noticia o El Mundo.

Os sindicatos acusaram ainda o executivo de Mariano Rajoy de impor os serviços mínimos “mais abusivos da história das relações laborais no setor ferroviário”. O Governo definiu, para esta paralisação, serviços mínimos de 67% nas horas de ponta, entre as 6h00 e as 9h00 e as 17h00 e as 20h30, para os comboios interurbanos, 19% para os comboios de mercadorias e de 75% para os comboios de alta velocidade.

Fontes das duas principais centrais sindicais (CCOO e UGT) referem que a adesão à greve ronda os 90 por cento.

Foram cancelados cerca de 190 das 567 ligações da rede suburbana e interurbana agendadas para hoje, sendo que o efeito da paralisação se fez sentir principalmente na hora de ponta, nomeadamente no que respeita às ligações para o centro de Madrid.

Desde o início da manhã, registaram-se protestos em várias estações espanholas, entre as quais Atocha, em Madrid, onde se verificaram confrontos entre polícia e ferroviários, ou Sants, em Barcelona, onde os grevistas forçaram a paragem de cinco comboios.

Os cerca de 200 sindicalistas que iniciaram os seus protestos na estação de Sants fizeram uma marcha que passou pelo Ministério do Território e pela sede do Partido Popular. Mariano Rajoy foi o mais visado nas críticas.

Protestos dos funcionários públicos

Para esta sexta feira estão ainda convocadas manifestações de funcionários públicos contra as medidas de austeridades impostas pelo governo de Mariano Rajoy, que se reúne hoje em conselho de ministros extraordinário para discutir a crise econômica do país.

Com Esquerda.net

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