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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Portugal: Estudantes universitários convocam manifestação nacional para dia 22


Estudantes convocaram esta segunda-feira uma manifestação nacional para o dia 22 de Novembro, a decorrer em Lisboa, contra os cortes no financiamento do Ensino Superior e nos apoios sociais, como bolsas de estudo e o passe de transportes públicos.

No dia 22 de Novembro, a concentração está marcada para as 14h30 na praça Marquês de Pombal, seguindo depois o protesto até à Assembleia da República. Foto de Paulete Matos
No dia 22 de Novembro, a concentração está marcada para as 14h30 na praça Marquês de Pombal, seguindo depois o protesto até à Assembleia da República. Foto de Paulete Matos

O protesto é organizado pelas associações de estudantes do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, que apelam aos alunos universitários de todo o país para se manifestarem em defesa de um ensino superior público de qualidade.
A concentração está marcada para as 14h30, na praça Marquês de Pombal, seguindo depois o protesto até à Assembleia da República.
Os estudantes contestam os cortes orçamentais impostos às instituições de Ensino Superior, o corte do financiamento estatal ao passe sub-23 e as restrições para a atribuição de bolsas de ação social.
Estudantes abandonam o ensino superior ou endividam-se para pagar propinas
“Uma das nossas preocupações é o subfinanciamento, que vem a agravar-se de uns anos para cá, e o aumento das propinas”, disse, em conferência de imprensa, em Lisboa, Alexandre Tavares, um dos promotores da iniciativa.
Pedro Miguel Coelho, por seu lado, sublinhou que o sistema de Ação Social não garante que os estudantes com dificuldades financeiras continuem a estudar: “Há neste momento pessoas que não estão no ensino superior porque não podem pagar e muitos ficam impedidos de recorrer a bolsa, se algum elemento do agregado familiar tiver qualquer dívida ao fisco ou à Segurança Social”.
A situação das famílias e o “corte abrupto nas bolsas” levam a um aumento de pedidos de financiamento à banca, dizem os estudantes. “Os estudantes ou abandonam os estudos ou recorrem a empréstimos bancários”, afirmou João Mineiro, do ISCTE, citando dados do mais recente estudo de Luísa Cerdeira, segundo o qual uma família portuguesa gasta 63 por cento do seu rendimento para pagar os estudos superiores do filho.
João Mineiro indicou ainda que neste momento, 12 mil estudantes devem 200 milhões de euros à banca, por empréstimos contraídos para pagar os estudos, ficando endividados antes de entrarem no mercado de trabalho, onde é cada vez mais difícil encontrar emprego.
“A única coisa que pedimos é que se cumpra a Constituição”, defenderam.
Os cortes previstos no Orçamento do Estado para 2013, aprovado na generalidade pelos partidos da maioria, são também contestados pelos reitores e presidentes dos institutos politécnicos que asseguram estar em causa o presente e o futuro do ensino superior em Portugal. O próprio presidente do Conselho de Reitores já enviou a Passos Coelho uma carta pedindo uma audiência.



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