Relatório da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos afirma que mais de duzentas pessoas de várias organizações entraram em Gaza durante o fim de semana para expressar solidariedade e levar ajuda humanitária.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
Relatório preparado pela Unrwa mostrou que a situação em Gaza depois do conflito entre o movimento islâmico Hamas e Israel é preocupante. A região tem 1,2 milhão de refugiados.
Durante o fim de semana, organizações humanitárias entraram na Faixa de Gaza levando ajuda. Elas chegaram por Rafah, cidade localizada na fronteira de Gaza com o Egito. Uma delegação da Turquia levou mais de 30 caminhões carregando mais de 100 toneladas de alimentos e remédios para a população necessitada.
Oportunidade
O comissário-geral da Unrwa, Fillipo Grandi, afirmou que a comunidade internacional e as partes envolvidas no conflito israelo-palestino devem aproveitar a oportunidade com o cessar-fogo em Gaza para lidar com os verdadeiros problemas da crise.
Grandi pediu o fim do bloqueio israelense sobre Gaza. Ele afirmou que a crise na região diz respeito, num amplo sentido, a um "conflito não resolvido entre as duas partes, incluindo a Cisjordânia, e a questão do leste de Jerusalém."
Situação
O relatório da Unrwa mostra que além do drama humano em Gaza, a região precisa de ajuda financeira para superar os desafios. Dos quase US$ 13 milhões pedidos, o equivalente a R$ 26 milhões, a ONU recebeu até agora menos de US$ 3 milhões.
Só em ajuda alimentar, são necessários US$ 6 milhões para atender às necessidades da população de Gaza. A região tem 12 centros de distribuição de comida para os refugiados.
Violência
Segundo a agência da ONU, a frágil calma permanece apesar do assassinato de um jovem palestino perto da fronteira com Israel na sexta-feira, que "aumentou os temores de uma nova escalada da violência."
Ainda na sexta-feira, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, reafirmou apoio a uma Conferência das Nações Unidas com o objetivo de criar uma área livre de armas nucleares e de outros armamentos de destruição em massa no Oriente Médio. A reunião, que conta também com o apoio dos Estados Unidos, da Rússia e do Reino Unido, vai acontecer no ano que vem na Finlândia.
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