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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Ainda é grande a exclusão de negros e pobres das Universidades brasileiras

De acordo com o IBGE  3 em cada 4 pessoas com nível superior são de cor branca. Os percentuais de pessoas de 10 anos ou mais de idade sem instrução ou com ensino fundamental incompleto diminuíram para os brancos, pretos e pardos, mas as desigualdades ainda persistiam. De 2000 para 2010, a proporção caiu de 56,6% para 42,8% entre os brancos, de 74,4% para 56,8% entre os pretos e de 73,2% para 57,3% para os pardos.

Em relação à proporção das pessoas que frequentavam escola segundo os grupos de idade, as maiores diferenças na cor ou raça foram observadas para a faixa de 20 a 24 anos. Os percentuais eram de 25,5% dos brancos, 20,3% dos pretos e 21,6% dos pardos. Na faixa de 15 a 17 anos os valores foram bem maiores, sendo de 85,4% para os brancos, 81,1% para pretos e 81,9% para pardos.

Quanto à proporção das pessoas que frequentavam ensino superior, observa-se um considerável aumento entre 2000 e 2010 para pretos (de 2,3% para 8,4%) e pardos (de 2,2% para 6,7%). Para os brancos, o aumento foi de 8,1% para 14,5%. Quase 13% das pessoas de 10 anos ou mais de idade de cor ou raça branca completaram o ensino superior, enquanto que apenas 4% da população de pretos e pardos dessa faixa etária tinha alcançado o mesmo nível de estudos. Verificou-se que 73% das pessoas de 10 anos ou mais de idade com ensino superior completo era branca e menos de 25% era de pretos e pardos.

A imagem e a realidade da descriminação são claras e visíveis a quem quiser enxergar. As políticas afirmativas temporárias serão fundamentais para corrigirmos a desigualdade e a segregação históricos no Brasil.

A cota não fere o princípio de que todos somos iguais, pelo contrário, ela tende a equilibrar a situação corrigindo a descriminação histórica sofrida pela população negra. uma nova injustiça. E como diz o filósofo Habermas: não está na hora de rever os paradigmas deste direito que nos acostumou a tratar igualmente seres desiguais?

E muito menos a cota vai atingir o mérito da aprovação do vestibular, já que podemos constatar facilmente, eu constato todos os dias na UFRN, que a Universidade serve principalmente a brancos e vindos da rede privada, o nero é jogado na periferia, frequentando escola municipal no máximo até o fim do ensino fundamental, porque, até mesmo nos colégios estaduais da Cidade de Caicó-RN a juventude negra é excluída, a situação das escolas geridas pelo poder público municipal é escondida já que os gestores gostam de discutir o Carnaval e a Festa da Padroeira local. Quando o conhecimento fica concentrado nas mãos de ricos e brancos o poder também se concentra aí, agora a inclusão tem que ser feita de forma democrático, e isso não significa votar na eleição de reitor, significa a interação entre Universidade e comunidade e também precisamos descormercializar o ensino universitário, não tratar como qualificador de status.

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